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Ezequiel 45:7

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7 O príncipe, porém, terá a sua parte deste lado e do outro da área santa e da possessão da cidade, defronte da área santa e defronte da possessão da cidade, tanto ao lado ocidental, como ao lado oriental; e de comprimento corresponderá a uma das porções, desde o termo ocidental até o termo oriental.

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Apocalipse Revelado #610

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610. E SEU NÚMERO É SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS significa essa qualidade, que toda a verdade da Palavra foi falsificada por eles. Pelo “número da besta” é significada a qualidade das confirmações da doutrina e da fé derivadas da Palavra neles (n. 608, 609). Por “seiscentos e sessenta e seis” é significada toda a verdade do bem, e, como isso se diz da Palavra, é significada toda a verdade do bem na Palavra, aqui a verdade falsificada, por ser “o número da besta”. É esse o significado, porque seis significa a mesma coisa que três multiplicado por dois;

“três” significa o pleno e tudo e se diz das verdades (n. 505);

e “dois” significa o casamento da verdade e do bem. Sendo “seis” o produto dos dois números, multiplicados um pelo outro, significa, portanto, todas as verdades do bem na Palavra, aqui, entretanto, falsificadas. Que também a falsificação é feita por eles, veja-se no n. 566. Diz-se “seiscentos e sessenta e seis”, porque neste número o “seis” aparece três vezes e a triplicação faz o completo. A multiplicação por cem que dá seiscentos e a multiplicação por dez que dá sessenta nada mudam (veja-se o n. 348).

[2] Que “seis” significa o “pleno” e “tudo” e é empregado onde se trata das verdades do bem, pode-se ver nas passagens da Palavra em que esse número é referido. Mas a significação desse número só

pode apresentar-se claramente àqueles que veem as coisas referidas no sentido espiritual, como quando o Senhor disseQue as sementes que caíram na terra boa deram fruto até trinta, sessenta e cem (Marcos 4:8, 20, Mateus 13:8, 23).

Que o pai de família saiu e contratou operários para a sua vinha na terceira hora e na sexta hora (Mateus 20:3, 5).

Que na mesa do tabernáculo os pães foram dispostos em duas ordens, cada uma de seis (Levítico 24:6).

Que seis talhas foram colocadas para a purificação dos judeus (João 2:6).

Que as cidades de refúgio ou asilo eram seis (Números 35:6, 7, Deuteronômio 19:1-9).

Que a cana de medida com que o anjo mediu todas as coisas do novo templo e da nova cidade era de seis côvados (Ezequiel 40:5).

Que o profeta beberia água por medida, a sexta parte de um hin (Ezequiel 4:11).

Que para a oferta se tomaria a sexta parte de um epha de um hômer de trigo (Ezequiel 45:13).

Como “seis” significa o pleno, por isso “tomar a sexta parte”, no sentido espiritual, significa o que é completo e inteiro, como na passagem “Eles devem tomar a sexta parte de um epha de um hômer de cevada” (Ezequiel 45:13).

Sobre Gog (no sentido oposto) lê-se “Farte-ei voltar e te reduzirei

à sexta parte” (Ezequiel 39:2), o que significa que nele seria inteiramente destruída toda a verdade do bem na Palavra. Sobre os que se entendem por Gog, veja-se o n. 859.

  
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Tradução de J. Lopes Figueiredo. EDITORA E LIVRARIA SWEDENBORG LTDA. Rua das Graças, 45 — Bairro de Fátima Rio de Janeiro — Brasil CEP 20240 1987

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Apocalipse Revelado #566

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566. MEMORÁVEL

Ao que precede, acrescentarei este MEMORÁVEL.

Levantou-se uma discussão entre os espíritos sobre “se alguém pode ver alguma verdade doutrinal-teológica na Palavra, a não ser pelo Senhor”. Todos concordaram nisto que ninguém pode (ver) senão pelo Senhor, porque “um homem não pode tomar coisa alguma se não lhe for dada do céu” (João 3:27). Por isso, eles estavam discutindo sobre se alguém pode (ver tais verdades) sem se dirigir imediatamente ao Senhor.

Disseram, de um lado, que se deve dirigir diretamente ao Senhor, porque Ele é a Palavra. De outro lado disseram que a verdade doutrinal também é vista quando o homem se dirige imediatamente a Deus Pai.

Por isso, a discussão se desviou para o ponto seguinte: É permitido a um cristão dirigir-se imediatamente a Deus Pai e, assim, saltar por cima do Senhor, e não é uma insolência e uma audácia inconvenientes e temerárias, uma vez que o Senhor diz que “ninguém vai ao Pai senão por Ele” (João 14:6)?

Entretanto, deixaram esse ponto e disseram que o homem pode ver a verdade doutrinal na Palavra por sua própria luz natural, mas isso foi rejeitado. Portanto, insistiram que essa verdade pode ser vista pelos que oram a Deus Pai. Por isso, foi lida diante deles alguma coisa da Palavra e então rogaram a Deus Pai que os iluminasse e disseram, em relação às palavras da Escritura que tinham sido lidas diante deles, que tal e tal coisa era uma verdade ali. Mas isso era falso. Isso foi repetido várias vezes até se entediarem. Afinal confessaram que não podiam (ver a verdade). Do outro lado, os que se dirigiram diretamente ao Senhor viam as verdades e as explicavam aos outros.

[2] Terminada assim essa discussão, subiram do abismo alguns espíritos, que apareceram primeiramente como gafanhotos e depois como homens. Eram os que, no mundo, tinham orado a Deus Pai e tinham confirmado neles a justificação pela fé só; diziam que viam em uma luz clara, segundo a Palavra, que o homem é justificado pela fé só

sem as obras da Lei. Perguntou-se-lhes “por que fé” e eles responderam “pela fé em Deus Pai”. Mas, depois que foram examinados, foi-lhes dito do céu que eles não sabiam uma só verdade doutrinal segundo a Palavra. Mas eles replicaram que viam as verdades na” luz.

Então, foi-lhes dito que eles as viam em uma luz fátua. Perguntaram o que é uma luz fátua e foram informados de que a luz fátua é a luz da confirmação da falsidade e que essa luz corresponde à luz em que estão as corujas e os morcegos, para os quais as trevas são luz e a luz são trevas. Isto foi confirmado pelo fato de que quando eles olhavam para o alto do céu, onde está a luz mesma, eles viam trevas, e quando olhavam para o abismo, abaixo, de onde eles eram, viam a luz.

[3] Indignados com essa prova confirmativa, eles disseram que, sendo assim, a luz e as trevas não são coisa alguma, mas apenas um estado dos olhos, segundo o qual se diz que a luz é luz e que as trevas são trevas. Foi-lhes mostrado, porém, que a luz fátua, que é a luz da confirmação da falsidade, estava neles, e que a sua luz era somente uma atividade de sua mente e tinha origem no fogo das concupiscências, sendo bastante semelhante à luz (da vista) dos gatos, cujos olhos, pelo desejo ardente de achar ratos nas adegas, parecem durante a noite como candeias. Ouvindo isto, disseram, com raiva, que não eram gatos, nem parecidos com gatos, porque podiam ver se quisessem. Mas como temessem que lhes fosse perguntado por que não queriam ver, retiraram-se e precipitaram-se em seu abismo e em sua luz. Os que estão lá e os que se lhes assemelham são chamados corujas e morcegos.

[4] Quando se juntaram aos seus (companheiros) no abismo e contaram que os anjos lhes tinham dito que eles não sabiam verdade alguma doutrinal, nem uma só, e que os chamaram de morcegos e corujas, houve um tumulto e eles disseram: “Roguemos ao Senhor que nos permita subir e demonstraremos claramente que temos um grande número de verdades doutrinais, que os próprios arcanjos reconhecerão.”

E porque rogassem ao Senhor, a permissão foi concedida, e subiram em número de trezentos. E quando foram vistos sobre a terra, disseram:

“Fomos célebres e afamados no mundo, porque conhecemos e ensinamos os arcanos da justificação pela fé só, e, pelas confirmações, não somente vimos a luz, mas também a vimos como luz brihante e ainda a vemos em nossas habitações. Entretanto, ouvimos de nossos companheiros, que estiveram entre vós, que essa luz não era luz, mas trevas, pela razão que não temos, segundo dizeis, verdade alguma doutrinal segundo a Palavra. Sabemos que toda a verdade da Palavra brilha e cremos que era daí que vinha o esplendor de que éramos cercados quando meditávamos profundamente sobre nossos arcanos.

Demonstraremos, portanto, que temos verdades segundo a Palavra em grande quantidade."

E disseram: “Não temos esta verdade, que há uma Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e que se deve crer na Trindade? Não temos esta verdade que Cristo é nosso Redentor e nosso Salvador? Não temos esta verdade que Cristo somente é a justiça e que o mérito é somente d'Ele, e que quem quer atribuir a si alguma coisa do mérito e da justiça do Cristo é injusto e ímpio? Não temos esta verdade que nenhum mortal pode fazer por si próprio bem algum espiritual, mas que todo o bem, que em si é bem, é de Deus? Não temos esta verdade que há um bem meritório e um bem hipócrita e que esses bens são males? Não temos esta verdade que o homem por suas próprias forças não pode, em coisa alguma, contribuir para a sua salvação? Não temos esta verdade que se deve, contudo, praticar as obras da caridade?

Não temos esta verdade que há uma fé, que se deve crer, e que cada um tem a vida conforme sua crença? Além de mui tas outras de acordo com a Palavra? Quem de vós pode negar uma dessas verdades?

Entretanto, dissestes que. em nossas escolas não tínhamos verdade alguma, nem mesmo uma. Não é essa a censura injusta que nos fizestes?”

[5] Mas então deram essa resposta: “Todas as proposições que enunciastes são em si mesmas verdades, mas vós as falsificastes aplicando-as à confirmação de um falso princípio: e, por isso, entre vós e em vós, são verdades falsificadas, que tiram do princípio falso o seu caráter de falsidade. Que isso é assim, veremos em uma demonstração. Não longe daqui, há um lugar sobre o qual a luz flui diretamente do céu. No meio há uma mesa e, quando nela se põe um papel em que esteja escrita uma verdade tirada da Palavra, esse papel, segundo a verdade nele escrita, brilha como uma estrela.

Escrevei, pois, vossas verdades no papel, ponde-o na mesa e vereis."

Eles escreveram num papel, deram este ao guardião, que o colocou sobre a mesa e então disse: “Afastai-vos e olhai para a mesa.” Eles se afastaram e olharam, e eis que o papel brilhava como uma estrela.

Então o guardião lhes disse: “Estais vendo que são verdades que escrevestes no papel; mas aproximai-vos um pouco mais e fixai a vossa vista no papel.” Eles o fizeram e, de repente, a luz desapareceu e o papel tornou-se preto como se estivesse sido coberto com fuligem de uma fornalha.

Depois o guardião disse-lhes: “Tocai o papel com as vossas mãos, mas cuidado para não tocardes o escrito.” E logo que o tocaram saiu dele uma chama e o consumiu. À vista disso eles fugiram, e foi-lhes dito:

“Se tivésseis tocado o escrito, teríeis ouvido um estrondo e queimado vossos dedos.” Então por trás deles lhes foi dito: “Agora estais vendo que as verdades de que abusastes, para confirmar os arcanos de vossa justificação, são verdades em si mesmas, mas em vós elas são verdades falsificadas."

Eles então olharam para cima e o céu apareceu-lhes como sangue e, depois, como uma escuridão. Eles próprios foram vistos pelos olhos dos espíritos angélicos, uns como morcegos, uns como corujas, alguns como toupeiras, outros como mochos. E fugiram para as suas trevas, que brilhavam fantasticamente diante de seus olhos.

[6] Os espíritos angélicos, que estavam presentes, ficaram muito admirados, porque até então nada tinham sabido daquele lugar e da mesa que lá se encontrava, e então veio uma voz da plaga meridional, que lhes disse: “Aproximai-vos daqui e vereis alguma coisa ainda mais maravilhosa.” Eles se aproximaram e entraram num quarto, cujas paredes brilhavam como ouro e viram lá uma mesa sobre a qual estava colocada a Palavra, cercada de pedras preciosas na forma celeste. E o anjo guardião lhes disse: “Quando a Palavra está aberta, dela sai uma luz de brilho inefável e aparece ao mesmo tempo, por cima e ao redor da Palavra, uma espécie de arco-íris produzido pelas pedras preciosas. Quando um anjo do terceiro céu vem aqui e olha para a Palavra aberta, sobre ela e ao redor dela aparece um arco-íris de diversas cores em um plano vermelho; quando vem um anjo do segundo céu e olha, aparece um arco-íris em um plano azul-celeste; quando vem um anjo do último céu e olha, aparece um arco-íris em um plano branco; e quando vem um bom espírito e olha, aparece uma luz variegada como mármore.” Que isto é assim, foi mostrado claramente

às suas vistas.

Depois o anjo guardião disse: “Se vem alguém que falsificou a Palavra, o esplendor desaparece a princípio; e se se aproximar e fixar os olhos na Palavra, forma-se como sangue ao redor, ele então

éavisado para retirar-se, porque é perigoso.”

[7] Mas alguém que, no mundo, escrevera como chefe de uma doutrina sobre a fé só, aproximou-se com audácia e disse: “Quando eu estava no mundo não falsifiquei a Palavra; exaltei até a caridade com a fé, e ensinei que o homem no estado de fé, em que ele exerce a caridade e as obras da caridade, é renovado, regenerado e santificado. Ensinei, também, que então a fé não é dada só, isto é, sem as boas obras, da mesma forma que não ha árvore sem fruto, sol sem luz e fogo sem calor. Também censurei os que diziam que as boas obras não eram necessárias. Além disso, recomendei a prática dos preceitos do Decálogo e a penitência. E assim apliquei, de modo admirável, todas as coisas da Palavra [na explicação) sobre o artigo referente à fé, que, entretanto, eu descobri e demonstrei ser a única salvífica.” Confiante na sua asserção de que não havia falsificado a Palavra, ele aproximou-se da mesa e, apesar do aviso do anjo, tocou na Palavra. Então saiu, imediatamente, fogo com fumaça da Palavra e ocorreu, com grande estrondo, uma explosão que o arrojou a um canto do quarto e lá ficou estendido durante algum tempo.

Os espíritos angélicos ficaram muito admirados, mas foi-lhes dito que esse chefe eclesiástico tinha exaltado, mais do que todos os outros, os bens da caridade como procedentes da fé e que ele não tinha entendido outras obras senão as políticas, que são também chamadas obras morais e civis, e que devem ser feitas para o mundo e para sua prosperidade; mas que, de modo algum, ele entendera as obras que devem ser feitas para Deus e para a salvação. Além disso, ele supusera obras invisíveis da parte do Espírito Santo, de que o homem nada sabe, as quais são produzidas no ato da fé e nesse estado de fé.

[8] Então os espíritos angélicos falaram entre si da falsificação da Palavra e concordaram que falsificar a Palavra é tomar verdades e empregá-las para confirmação de falsidades, o que é tirá-las para fora da Palavra e matá-las. Sirva de exemplo o fato de alguém tirar da Palavra a verdade de que o próximo deve ser amado e que o bem deve ser-lhe feito pelo amor por causa de Deus e da vida eterna. Se, então, confirmar que deve fazer isso ao próximo, mas não por causa da salvação, porque todo bem da parte do homem não é um bem, então tira a verdade da Palavra para fora da Palavra e a mata;

pois o Senhor na Sua Palavra recomenda a todo homem desejoso de salvar-se que faça o bem ao próximo como por si próprio, mas creia que é pelo Senhor.

  
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Tradução de J. Lopes Figueiredo. EDITORA E LIVRARIA SWEDENBORG LTDA. Rua das Graças, 45 — Bairro de Fátima Rio de Janeiro — Brasil CEP 20240 1987