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Gênesis 18:31

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31 Tornou Abraão: Eis que outra vez me a atrevi a falar ao Senhor. Se porventura se acharem ali vinte? Respondeu-lhe: Por causa dos vinte não a destruirei.

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Arcanos Celestes #1616

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1616. Que ‘Abrão armou tendas e veio e habitou nos carvalhais de Mamre, que [estão] em Hebron’ signifique que o Senhor chegou a uma percepção ainda mais interior, vê-se pela significação de ‘armar a tenda’, ou de ‘mover’ e ‘fixar tendas’, que é conjungir. A ‘tenda’, com efeito, é o culto santo que se demonstrou antes (n. 414, 1452), pelo qual o homem externo se conjunge ao interno; e pela significação do ‘carvalhal’, que seja a percepção, de que se tratou antes (n. 1442, 1443), onde se menciona o ‘carvalhal de Moreh’, que é a primeira percepção, mas aqui os ‘carvalhais de Mamre’, no plural, que significa uma maior percepção, isto é, mais interior; esta percepção é nomeada ‘carvalhais de Mamre, que [estão] em Hebron’; ‘Mamre’ também é mencionado em outros lugares, como: Gênesis 14:13; 18:17, 18, 19; 35:27. Então também ‘Hebron’: Gênesis 35:27; 37:14; Josué 10:36, 39; 14:13, 14, 15; 15:13, 54; 20:7; 21:11, 13; Juízes 1:10, 20, e em outros lugares; mas qual a significação ali, ver-se-á pela Divina Misericórdia do Senhor.

[2] Que os carvalhais de Mamre que estão em Hebron signifiquem uma percepção ainda mais interior, assim se tem: Tanto quanto as coisas que são do homem externo se conjungem às coisas celestes do homem interno, assim também a percepção cresce e torna-se mais interior. A conjunção com as coisas celestes dá a percepção, pois nas coisas celestes, que são do amor a JEHOVAH, há a vida mesma do homem interno, ou o que é o mesmo, nas coisas celestes que são do amor, isto é, no amor celeste, está JEHOVAH presente; esta presença não é percebida no homem externo antes que a conjunção esteja feita; pela conjunção há toda percepção.

[3] Aqui se vê, pelo sentido interno, como essa operação se fez no Senhor, isto é, que Seu Homem Externo, ou Sua Essência Humana, tenha sido gradualmente conjunta à Sua Essência Divina segundo a multiplicação e a frutificação das cognições. Nunca pessoa alguma, enquanto homem, pode se conjungir a JEHOVAH, ou ao Senhor, a não ser por meio das cognições, pois é por meio das cognições que o homem se torna homem. Foi o que sucedeu com o Senhor, pois nasceu como um outro homem e foi instruído como um outro homem. Mas nessas cognições como receptáculos eram insinuadas, sem interrupção, as coisas celestes, de sorte que as cognições adquiridas continuamente se tornavam vasos que recebiam as coisas celestes, e elas mesmas se tornavam também coisas celestes.

[4] Assim, continuamente avançou para as coisas celestes da infância, pois, como foi dito, as coisas celestes, que pertencem ao amor, são insinuadas desde a infância até a meninice, e mesmo até a adolescência. Conforme o homem é nessa ocasião e mais tarde, ele é imbuído dos conhecimentos e das cognições; se o homem for tal que possa ser regenerado, esses conhecimentos e essas cognições se enchem de coisas celestes que pertencem ao amor e à caridade, e assim são implantados nas coisas celestes concedidas desde a infância até a meninice e adolescência, e assim é que o Seu Homem Externo se conjunge ao Seu Homem Interno. Essas cognições são primeiro implantadas nas coisas celestes que foram concedidas na adolescência, em seguida, nas que ele recebeu na meninice e, finalmente, nas que ele recebeu na infância; então ele é essa criancinha de que fala o Senhor, quando diz que de tais [criancinhas] é o Reino de Deus. Essa implantação se faz pelo Senhor só, razão por que não há e não pode haver, no homem, coisa alguma de celeste que não esteja nele pelo Senhor e que não pertença ao Senhor.

[5] No entanto, é por Seu próprio poder que o Senhor uniu Seu Homem Externo a Seu Homem Interno, e que encheu de coisas celestes as cognições e implantou nas coisas celestes, e de fato segundo a Ordem Divina, a princípio, nas coisas celestes da meninice, depois nas coisas celestes do tempo intermediário entre a meninice e a infância e, enfim, nas coisas celestes de Sua infância, tornando-Se de fato assim, ao mesmo tempo, quanto à Sua Essência Humana, a Inocência mesma e o Amor mesmo, de onde procedem toda inocência e todo amor nos céus e nas terras. Tal inocência é a verdadeira Infância, porque ela é, ao mesmo tempo, a Sabedoria. Mas a inocência da infância, salvo se pelas cognições ela se tornar a inocência da sabedoria, não é de uso algum; por isso as crianças na outra vida são imbuídas das cognições. À medida que o Senhor implantou as cognições nas coisas celestes, Ele teve a percepção, pois, como foi dito, toda a percepção vem da conjunção. Ele teve a primeira percepção quando implantou as coisas do conhecimento da meninice, e essa percepção é significada pelo ‘carvalhal de Moreh’. Ele teve a segunda percepção, que é mais interior e de que se trata aqui, quando implantou as cognições; essa percepção é significada pelos ‘carvalhais de Mamre, que estão em Hebron’.

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém

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Arcanos Celestes #414

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414. Que "habitar nas tendas" seja o santo do amor, vê-se pela significação das tendas na Palavra, como em David:

"JEHOVAH, quem morará na Tua tenda? quem habitará no monte de Tua santidade? Aquele que anda em integridade e pratica a justiça, e fala a verdade em seu coração" (Salmos 15:1-2), onde se descreve o que é "habitar na tenda" ou "no monte da santidade" pelas coisas santas do amor, que são "andar em integridade e praticar a justiça." No mesmo:

"Em toda a terra estendeu a sua linha, e no fim do mundo o seu discurso; para o sol pôs uma tenda sobre eles" (Salmos 19:4), onde o "sol" está em lugar do amor.

No mesmo:

"Morarei em Tua tenda para sempre; confiarei no oculto das Tuas asas" (Salmos 61:4), onde a "tenda" está em lugar do celeste e o "oculto das asas" em lugar do espiritual daí procedente.

Em Isaías:

"Foi firmado pela misericórdia o trono, e assentará nele em verdade, na tenda de David, julgando e buscando o juízo, e apressando a justiça" (Isaías 16:5), onde também a "tenda" está em lugar do santo do amor, como "buscar o juízo e apressar a justiça." No mesmo:

"Contempla Sião, cidade de nossa festa marcada. Teus olhos vejam Jerusalém, habitáculo tranqüilo, tenda que não será removida" (Isaías 33:20),

[2] onde se trata da Jerusalém celeste.

Em Jeremias:

"Assim disse JEHOVAH: Eis que Eu retiro o cativeiro das tendas de Jacob, e terei misericórdia dos seus habitáculos; e a cidade será edificada sobre o seu montão" (Jeremias 30:18);

o "cativeiro das tendas" está em lugar da devastação dos celestes ou das coisas santas do amor.

Em Amós:

"Naquele dia erguerei o tabernáculo caído de David, e taparei suas rupturas, e suas ruínas erguerei, e o edificarei conforme os dias de eternidade" (Amós 9:11);

onde, semelhantemente, o "tabernáculo" está em lugar dos celestes e suas coisas santas.

Em Jeremias:

"Toda a terra foi devastada; num instante foram devastadas as Minhas tendas, de súbito as Minhas cortinas" (Jeremias 4:20);

e em outro lugar:

"Minha tenda foi devastada, e todas as Minhas cordas foram arrancadas; os Meus filhos saíram de Mim, e eles não [mais existem]; ninguém há mais que estenda Minha tenda e que erga as Minhas cortinas" (Jeremias 10:20), onde a "tenda" está em lugar dos celestes e as "cortinas e cordas" em lugar dos espirituais daí procedentes.

No mesmo:

"As suas tendas e os rebanhos apanharão; as suas cortinas, e todos os seus vasos, e os camelos, tomarão para si" (Jeremias 49:29), onde se trata da Arábia e dos filhos do oriente, pelos quais são representados os que possuem as coisas celestes ou santas.

No mesmo:

"O SENHOR derramou como fogo Sua cólera na tenda da filha de Sião" (Lamentações 2:4),

em lugar da devastação dos celestes, ou das coisas santas da fé.

[3] Que, na Palavra, a "tenda" seja tomada pelos celestes e pelas coisas santas do amor, é porque na antigüidade as pessoas prestavam o culto santo nas suas tendas. Mas, quando começaram a profanar as tendas com cultos profanos, então foi construído o tabernáculo e depois o templo. É por isso que o "tabernáculo" e depois o "templo" significavam o mesmo que a "tenda." O homem santo foi por este motivo chamado "tenda" e "tabernáculo," como também "templo do SENHOR." Que a "tenda," o "tabernáculo" e o "templo" signifiquem a mesma coisa, vê-se em David:

"Uma coisa pedi a JEHOVAH, isto buscarei: que eu fique na casa de JEHOVAH todos os dias da minha vida, para contemplar JEHOVAH em suavidade, e para visitar de manhã o Seu templo. Porque me esconderá em Seu tabernáculo no dia do mal; ocultar-me-á no oculto de Sua tenda, sobre uma rocha me elevará. E então minha cabeça será elevada contra meus inimigos que me cercam, e sacrificarei em Sua tenda sacrifícios de clamores" (Salmos 27:4-6).

No sentido supremo, é o SENHOR, quanto à Sua Essência Humana, que é a Tenda, o Tabernáculo e o Templo. Daí todo homem celeste ser chamado assim e, por conseguinte, tudo o que é celeste e santo. E como a Igreja Antiqüíssima foi amada pelo SENHOR mais do que as seguintes, e como então as pessoas viviam sós, ou seja, em suas famílias, e celebravam um culto tão santo em suas tendas, eis porque as tendas foram consideradas mais santas do que o templo, que foi profanado.

Em recordação disso foi instituída a festa dos tabernáculos, quando se devia fazer a colheita dos proventos da terra e habitar, como os antiqüíssimos, em tabernáculos (Levítico 23:39-44; Deuteronômio 16:13; Oséias 12:9).

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém