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e os que de vós ficarem definharão pela sua iniqüidade nas terras dos vossos inimigos, como também pela iniqüidade de seus pais.
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e os que de vós ficarem definharão pela sua iniqüidade nas terras dos vossos inimigos, como também pela iniqüidade de seus pais.
395. Que "todo aquele que matar Cain será vingado sete vezes" signifique que fazer violência à fé assim separada seria fazê-lo ao que é sagrado, vê-se pela significação de "Cain," que é a fé separada, e pela significação de "sete," que é o sagrado. O número septenário foi considerado santo, como se sabe, por causa dos seis dias da criação, e o sétimo, que é o homem celeste, no qual há paz, o descanso, o sábado. Daí ocorrer tantas vezes o número septenário nos ritos da Igreja Judaica e em toda parte ser considerado santo. Os tempos, por conseguinte, se distinguiam em sete, tanto os seus grandes intervalos quanto os pequenos, e se chamavam "semanas," como os grandes intervalos dos tempos para a vinda do Messias (Daniel 9:24-25); e o tempo de sete anos chamado semana por Labão e Jacob (Gênesis 29:27-28). Por isso, onde quer que ocorra o número septenário, ele é tomado pelo que é santo ou sagrado, como em David:
"Sete vezes ao dia Te louvo" (Salmos 119:164).
Em Isaías:
"Será a luz da luz como a luz do sol, e a luz do sol será sétupla, como a luz de sete dias" (Isaías 30:26), onde o "sol" é o amor e a "lua" a fé procedente do amor, a qual será como o amor.
[2] Assim como os tempos da regeneração do homem foram distintos em seis, antes do sétimo ou homem celeste, assim também os tempos da devastação, até não restar coisa alguma celeste. É isso que foi representado pelos muitos cativeiros dos judeus e pelo último, na Babilônia, que foi de sete séculos i ou setenta anos. E algumas vezes é dito que a terra descansaria os seus sábados.
E também por Nebuchadenezzar, em Daniel:
"Seu coração de homem será mudado, e um coração de besta lhe será dado até que sete tempos passem sobre ele" (Daniel 4:16, 25, 32).
Sobre a devastação dos últimos tempos, em João:
"Vi outro sinal no céu, grande e admirável: sete anjos tendo as sete últimas pragas" (Revelação 15:1, 6-7).
É dito que:
"Pisarão a cidade santa quarenta e dois meses, ou seis vezes sete" (Revelação 11:2).
"Vi um livro [escrito] por dentro e por detrás, selado com sete selos" (Revelação 5:1).
Daí é que a severidade e o acréscimo das penas se exprimiam pelo número septenário, como em Moisés:
"Se, depois disto, não Me obedecerdes, ainda vos castigarei ao sétuplo, por causa de vossos pecados" (Levítico 26:18, 21, 24, 28) .
Em David:
"Torna aos nossos vizinhos o sétuplo em seu regaço" (Salmos 79:12).
Pelo fato de que era um sacrilégio fazer violência à fé, pois que, como foi dito, ela seria útil, daí ser dito que "ao sétuplo será vingado aquele que matar Cain."