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Números 24:3

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3 Então proferiu Balaão a sua parábola, dizendo: Fala Balaão, filho de Beor; fala o homem que tem os olhos abertos;

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Arcanos Celestes # 1675

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1675. ‘Os horeus no monte deles, Seir’; que signifique as persuasões do falso provenientes do amor de si, é o que se faz evidente pela significação dos ‘horeus’ e pela de ‘Seir’. Quanto ao que diz respeito aos horeus, são os que habitavam na montanha de Seir, como se vê pelo Gênesis (36:8, 20 e seguintes) a respeito de Esaú, que é chamado Edom. ‘Esaú’, ou ‘Edom’, significa, no sentido puro, o Senhor quanto à Sua Essência Humana; e também Esaú (ou Edom) O representa, como se pode ver por muitas passagens, tanto dos Livros Históricos como dos Livros Proféticos da Palavra. Na continuação, pela Divina Misericórdia do Senhor, falar-se-á dessas passagens. E como os horeus representavam os que estão nas persuasões dos falsos, e porque os representativos, nesse tempo, existiam em realidade, é também por isso que a mesma coisa foi representada pelo fato de que os pósteros de Esaú expulsaram os horeus da montanha de Seir.

[2] Disso se fala em Moisés:

“Esta também foi reputada a terra dos refaim; os refaim habitaram nela antes, e os amonitas os chamam zamzumins; um povo grande e numeroso, e alto como os enaquim. E JEHOVAH os destruiu diante deles, e os despojaram, e habitaram em lugar deles. O mesmo se fez pelos filhos de Esaú que habitavam em Seir, em que se destruiu os horeus de diante deles, os despojaram, e habitaram no lugar deles” (Deuteronômio 2:20-22).

Esses fatos representam e significam a mesma coisa que os que são aqui referidos a respeito de Quedorlaomer, a saber, que Quedorlaomer e os reis que com ele estavam feriram os horeus na montanha de Seir; porque Quedorlaomer, como foi dito, representa o bem e vero do Senhor na meninice, por conseguinte, a Essência Humana do Senhor quanto ao bem e ao vero que Ele tinha então e pelos quais Ele destruiu as persuasões do falso, isto é, os infernos repletos de uma tal turba diabólica, que empreendera perder, pelas persuasões do falso, o mundo dos espíritos e, por conseguinte, o gênero humano.

[3] E como Esaú, ou Edom, representava o Senhor quanto à Essência Humana, a montanha de Seir, assim como Paran, representava também as coisas que pertenciam à Sua Essência Humana, isto é, as coisas celestes do amor, como se vê pela bênção de Moisés:

“JEHOVAH veio de Sinai e Se levantou de Seir para eles; resplandeceu da montanha de Paran, e veio por miríades de santidade, da direita d’Ele o fogo da lei para eles; também amando os povos [...]” (Deuteronômio 33:2, 3).

Como ‘JEHOVAH Se levantando de Seir’ e ‘resplandecendo da montanha de Paran’ não significa outra coisa senão a Essência Humana do Senhor. Cada um pode saber que ‘levantar-se da montanha de Seir’ e ‘resplandecer da montanha de Paran’ signifique não das montanhas nem dos habitantes, mas das coisas Divinas, por conseguinte, das coisas celestes da Essência Humana do Senhor, da qual se diz que JEHOVAH Se levantou e resplandeceu.

[4] Que tal seja a significação de ‘Seir’, é o que se vê nos cânticos de Deborah e de Barak no livro dos Juízes:

“Ó JEHOVAH, quando saíste de Seir, quando partiste do campo de Edom, a terra estremeceu, também os céus se derreteram, até as nuvens se derreteram em águas. ...aqui Sinai [se escoou] diante de JEHOVAH, o Deus de Israel” (Juízes 5:4, 5);

onde ‘sair de Seir’ e ‘partir do campo de Edom’ também não significa outra coisa.

[5] É ainda enunciado mais claramente na profecia de Balaão, que era um dos filhos do oriente, ou da Síria, na qual existia um remanescente da Antiga Igreja, em Moisés:

“Vejo-O, e não já, contemplo-O, e não próximo; surgirá uma estrela de Jacó e levantar-se-á um cetro de Israel; e será Edom a herança, e Seir será a herança dos inimigos d’Ele” (Números 24:17, 18);

onde estas palavras ‘vê-l’O, e não já’, ‘contemplá-l’O, e não próximo’ designam a vinda do Senhor ao mundo; a Sua Essência Humana é denominada a ‘estrela’ que deve ‘surgir de Jacó’, depois ‘Edom’ e ‘Seir’; cada um pode ver que não era Edom nem Seir que viriam a ser uma herança; ‘Seir a herança de Seus inimigos’, ou ‘a montanha de Seus inimigos’, é a mesma coisa que o que é repetido muitas vezes em outros lugares, é que os inimigos deviam ser expulsos e que a sua terra devia ser possuída.

[6] Que também a montanha de Paran, ou El-paran, que é mencionada neste versículo, signifique a mesma coisa, é o que se vê também em Habacuque:

“Deus virá de Temam; e o Santo, da montanha de Paran; (selah). A honra d’Ele cobriu os céus, e do louvor d’Ele se encheu a terra” (Habacuque 3:3).

Cumpre, porém, saber que as montanhas e as terras têm e obtêm a sua significação dos que as habitam. Quando os horeus lá habitaram, a significação vinha dos horeus; e quando eles de lá foram expulsos, ela vinha dos que os haviam expulsado, por exemplo, de Esaú, ou de Edom, e também de outra parte. Por isso ela é tomada em um e outro sentido, no sentido puro e no sentido oposto: no sentido puro, pela Essência Humana do Senhor; no sentido oposto, pelo amor de si. A Essência Humana do Senhor é o amor celeste mesmo; ao amor celeste é oposto o amor de si. Assim, os horeus significam aqui as persuasões do falso provenientes do amor de si.

[7] Há as persuasões do falso provenientes do amor de si e as persuasões do falso provenientes do amor do mundo. As persuasões que provêm do amor de si são horrendas, enquanto as persuasões que provêm do amor do mundo não são tão horrendas; aquelas, ou as persuasões do falso provenientes do amor de si, são opostas às coisas celestes do amor; estas, ou as persuasões do falso provenientes do amor do mundo, são opostas às coisas espirituais do amor. As persuasões que provêm do amor de si trazem consigo uma vontade de dominar em tudo, e tanto quanto os vínculos são afrouxados, outro tanto se precipitam até querer dominar sobre o universo, e o que também se demonstrou, até sobre JEHOVAH; razão por que as persuasões desse gênero não são toleradas na outra vida; mas as persuasões provenientes do amor do mundo não precipitam a tal ponto; as loucuras que dele resultam consistem em não estar contente com a sua sorte, mas em procurar em vão a alegria celeste e em querer se apropriar dos bens alheios sem, todavia, ter esse furor de dominar. Contudo, as diferenças dessas persuasões são inúmeras.

  
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