1023. "E Eu, eis que Eu firmo a Minha aliança." Que isto signifique a presença do Senhor na caridade pode-se ver pela significação de 'aliança', de que se tratou no 666, onde se mostrou que a aliança significa a regeneração e, de fato, a conjunção do Senhor com o homem regenerado por meio do amor, e que o casamento celeste é a aliança mesmíssima, por conseguinte, o casamento celeste em cada homem regenerado. De que modo se dá com o casamento ou aliança, também se mostrou anteriormente. O casamento celeste no homem da Igreja Antiquíssima foi seu proprium voluntário.

[2] No homem da Igreja Antiga, porém, o casamento celeste se faz em seu proprium intelectual, porque, quando o voluntário do homem se tornou completamente corrompido, então o Senhor miraculosamente separou o seu proprium intelectual desse proprium voluntário corrompido, e no seu proprium intelectual formou uma nova vontade, que é a consciência, e na consciência insinuou a caridade e, na caridade, a inocência, e assim Se conjungiu, isto é, estabeleceu uma aliança com o homem.

[3] Quanto mais o proprium voluntário do homem puder ser separado desse proprium intelectual, tanto mais o Senhor pode estar presente nele, ou Se conjungir, ou estabelecer aliança com ele. As tentações e os meios semelhantes de regeneração fazem com que o proprium voluntário do homem se aquiete, como se nada fosse, e morra, por assim dizer. Quanto mais isto acontece, tanto mais o Senhor pode operar na caridade por meio da consciência implantada no proprium intelectual do homem. É isto, pois, que aqui se chama 'aliança'.