1330. ‘Estas [são] as natividades de Sem’; que signifiquem as derivações da segunda Igreja Antiga, vê-se pela significação das ‘natividades’, que seja a origem e a derivação dos doutrinais e dos cultos, como foi dito anteriormente (n. 1145). As natividades , aqui e em outros lugares, na Palavra, não são outras senão as que pertencem à igreja e, por conseguinte, que são dos doutrinais e dos cultos; o sentido interno da Palavra não encerra outra coisa. Por isso, quando uma igreja nasce, diz-se que sejam suas natividades, como com a Igreja Antiquíssima (Gênesis 2:4): “Eis as natividades dos céus e da terra”; e igualmente com as outras igrejas antediluvianas, que lhe sucederam (cap. 5:1): “Eis o livro das natividades”. O mesmo sucede com as igrejas de depois do dilúvio, que foram em número de três: a primeira chamada de Noé, a segunda nomeada Éber, a terceira chamada pelo nome de Jacó, esta posteriormente pelo nome de Judá e de Israel. Quando a primeira igreja é descrita (cap. 10:1) também começa por estas palavras: “Eis as natividades dos filhos de Noé”. Essa segunda igreja, nomeada Éber, é descrita do mesmo modo neste versículo: “Eis as natividades de Sem”; a terceira igreja é também descrita por estas palavras e no vers. 27 deste capítulo: “Eis as natividades de Terah”. Por isso é que as natividades não significam outra coisa a não ser as origens e as derivações dos doutrinais e dos cultos da igreja que é descrita. Que as natividades dessa segunda igreja sejam derivadas de Sem, ou que o seu começo seja descrito a partir de Sem, a causa é, porque Sem significa o culto interno, aqui, o culto interno dessa igreja. Não que o culto interno dessa igreja tenha sido um tal culto interno qual, no capítulo precedente, foi significado por Sem, mas apenas que seja o culto interno dessa igreja.