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Ezequiel 7:22

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22 E desviarei deles o meu rosto, e profanarão o meu lugar oculto; porque entrarão nele saqueadores, e o profanarão.

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Doutrina de Escritura Santa # 35

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35. Na Doutrina do Senhor 28 foi mostrado que os profetas do Velho Testamento representaram o Senhor quanto à Palavra e, desse modo, significaram a doutrina da igreja oriunda da Palavra e, por isso, foram chamados "Filhos do homem". Segue-se daí que, por várias coisas que passaram e suportaram, eles representaram a violência praticada pelos judeus contra o sentido da letra da Palavra. Como [foi ordenado]: Que o profeta Isaías despisse o pano de saco de sob os seus lombos, tirasse o calçado de seus pés e andasse nu e descalço por três anos (Isaías 20:2-3). Que o profeta Ezequiel passasse uma navalha de tosquiadores sobre a cabeça e sobre a barba, e terça parte [dos cabelos] queimasse no meio da cidade, terça parte ferisse com a espada e terça parte dispersasse ao vento, e um pouco deles atasse à veste e, finalmente, o lançasse no meio do fogo e queimasse (Ezequiel 5:1-4).

[2] Visto que os profetas representaram a Palavra e, assim, significaram a doutrina da igreja oriunda da Palavra, como se disse acima, e visto que pela "cabeça" é significada a sabedoria proveniente da Palavra, por isso, pelos "cabelos da cabeça" e pela "barba" era significado o último do vero. Como isso era significado pelos cabelos e pela barba, por isso era um símbolo de grande desgosto e também de grande vergonha causar a própria calvície como também mostrar-se calvo. Era por causa disso e não outra coisa que ao profeta [foi ordenado] raspar os cabelos de sua cabeça e a barba para que, com isso, representasse o estado da Igreja Judaica quanto à Palavra. Por causa disso, e não outra coisa, que quarenta e dois meninos que chamavam Eliseu de calvo foram despedaçados por duas ursas (2 Reis 2:23-24), pois o profeta representava a Palavra, como se disse anteriormente, e "calvo" significava a Palavra sem o seu sentido último. No capítulo seguinte (49) ver-se-á que os nazireus representaram o Senhor quanto à Palavra em seus últimos. Por isso era um estatuto para eles que fizessem crescer a cabeleira e nada dela cortassem. Também, na língua hebraica "nazireu" significa cabeleira. Também era um estatuto para o sumo sacerdote que não raspasse a cabeça (Levítico 21:10), do mesmo modo os pais de família (Levítico 21:5). Por isso a calvície lhes era grande vergonha, como se por ver por essas passagens: "Nas cabeças de todos, a calvície, e a barba de todos raspada" (Isaías 15:2; Jeremias 48:37). "Sobre todas as faces, a vergonha, e em todas as cabeças... calvícies" (Ezequiel 7:18). "Toda a cabeça, calva, e todo ombro pelado" (Ezequiel 29:18). "Farei subir sobre todo lombo o pano de saco, e sobre toda cabeça a calvície" (Amós 8:10). "Faze-te calva, e tosquia-te, por causa dos filhos de tuas delícias; e alarga a calvície... porque partiram de ti" (Miquéias 1:16). Aqui, por "fazer-te calva e alargar [a calvície]" é significado falsificar os veros da Palavra em seus últimos. Sendo esses falsificados, como foi feito pelos judeus, toda a Palavra está destruída, porquanto os últimos da Palavra são seus esteios e sustentáculos; e mais, cada vocábulo é um esteio e um sustentáculo de suas verdades celestes e espirituais. Visto que os cabelos da cabeça significam o vero nos últimos, por isso, no mundo espiritual, todos os que desprezam a Palavra e falsificam o seu sentido da letra se mostram calvos, enquanto os que a honram e amam se mostram com decentes cabelos. Sobre isso, veja-se também abaixo (49).

  
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Doutrina de Escritura Santa # 49

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49. Mostrou-se até aqui que a Palavra no sentido natural, que é o sentido da letra, está em sua santidade e em sua plenitude. Agora se dirá alguma coisa a respeito de a Palavra nesse sentido estar em seu poder. Quão grande e qual é o poder do Divino Vero nos céus e também nas terras, pode-se ver pelo que foi dito na obra O Céu e o Inferno, sobre o poder dos anjos do céu (O Céu e o Inferno 228-233). O poder do Divino Vero é principalmente contra os falsos e males, assim, contra os infernos. Contra eles deve-se combater por meio dos veros do sentido da letra da Palavra. Também é pelos veros que estão no homem que o Senhor tem poder de salvá-lo, pois o homem é reformado e regenerado pelos veros do sentido da letra da Palavra e, desse modo, tirado do inferno e introduzido no céu. Esse poder o Senhor assumiu também quanto ao Seu Divino Humano, depois de cumprir todas as coisas da Palavra, até os seus últimos.

[2] Por isso o Senhor disse ao principal dos sacerdotes, quando estava para cumprir o que restava, pela paixão da cruz: "De agora em diante vereis o Filho do homem assentado à direita do poder, vindo nas nuvens do céu" (Mateus 26:64; Marcos 14:62); "Filho do homem" é o Senhor quanto à Palavra; "nuvens do céu" é a Palavra no sentido da letra; "sentar à direita de Deus" é a Onipotência por meio da Palavra (como também em Marcos 16:19). O poder do Senhor pelos últimos do vero foi representado na Igreja Judaica pelos nazireus, como por Sansão, de quem se disse que era nazireu desde o ventre da mãe e que seu poder residia em seus cabelos. O nazireu e o nazireado significam o cabelo.

[3] Que seu poder residisse nos cabelos, ele o manifestou, dizendo: "A navalha não subiu sobre minha cabeça, porque nazireu... sou desde o ventre de minha mãe; se raspar, então se retirará a minha força, e ficarei fraco, e serei como qualquer homem" (Juízes 16:7). Ninguém pode saber por que foi instituído o nazireado, por quem é significado o cabelo, nem de onde havia a força de Sansão nos cabelos, a menos que saiba o que é significado na Palavra pela "cabeça". Pela "cabeça" é significada a sabedoria celeste que existe para os anjos e para os homens desde o Senhor por meio do Divino Vero. Assim, pelos "cabelos da cabeça" é significada a sabedoria celeste nos últimos e também o Divino Vero nos últimos.

[4] Como isso é significado pelos cabelos por causa da correspondência com os céus, por isso o estatuto para os nazireus era: Que não raspassem o cabelo de sua cabeça, porque esse é o nazireado de Deus sobre as suas cabeças (Números 6:1-21); E foi, também, instituído: Que o sumo sacerdote e os seus filhos não raspassem sua cabeça, para que não morressem e houvesse indignação sobre toda a casa de Israel (Levítico 10:6).

[5] Visto que os cabelos eram tão santos por causa dessa significação, a qual procede da correspondência, por isso o Filho do homem, que é o Senhor quanto à Palavra, é também descrito quanto aos cabelos, que eram como a branca lã, como a neve (Revelação 1:14), do mesmo modo que o Ancião dos dias (Daniel 7:9). Sobre este assunto, veja-se também alguma coisa acima (35). Em suma, que o poder do Divino Vero ou da Palavra esteja no sentido da letra é porque a Palavra aí está em sua plenitude e porque nela estão os anjos de ambos os reinos do Senhor e homens juntamente.

  
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