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Ezequiel 11:18

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18 E virão ali, e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações.

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Doutrina de Vida # 86

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86. Há no homem uma mente natural e uma mente espiritual. A mente natural está em baixo e a mente espiritual, em cima. A mente natural é a mente de seu mundo e a mente espiritual é a de seu céu. A mente natural pode ser chamada mente animal e a espiritual, mente humana. O homem é distinguido do animal por isso, que há nele uma mente espiritual pela qual pode estar no céu enquanto está no mundo. É também por esta mente que o homem vive depois da morte.

[2] Pelo entendimento, o homem pode estar na mente espiritual e, por conseguinte, no céu; mas, pela vontade, ele não pode estar na mente espiritual e, portanto, no céu, se não fugir dos males como pecados. E se não estiver aí também pela vontade, não está, entretanto, no céu, porque a vontade arrasta o entendimento para baixo e faz com que ele se torne com ela igualmente natural e animal.

[3] O homem pode ser comparado ao jardim, o seu entendimento, à luz, e a sua vontade, ao calor. No tempo do inverno, o jardim está na luz e não ao mesmo tempo no calor, mas, no tempo do verão, está na luz e ao mesmo tempo no calor. É por esse motivo que o homem que está somente na luz do entendimento é como um jardim no tempo do inverno; mas o que está ao mesmo tempo na luz do entendimento e no calor da vontade é como um jardim no tempo do verão. Também, o entendimento é sábio pela luz espiritual e a vontade ama pelo calor espiritual, pois que a luz espiritual é a Divina Sabedoria e calor espiritual é o Divino Amor.

[4] Enquanto ele não foge dos males como pecados, as concupiscências dos males obstruem os interiores da mente natural na parte da vontade. Elas formam ali um denso véu e como que uma nuvem escura sob a mente espiritual e impedem que esta se abra. Porém, logo que o homem foge dos males como pecados, então o Senhor influi do céu e tira o véu, dissipa a nuvem, abre a mente espiritual e, assim, introduz o homem no céu.

[5] Enquanto as concupiscências dos males obstruírem os interiores da mente natural, como já se disse, o homem está no inferno. Mas logo que essas concupiscências são dissipadas pelo Senhor, o homem está no céu. E mais, enquanto as cobiças dos males obstruírem os interiores da mente natural, o homem é natural; mas logo que essas cobiças são dissipadas pelo Senhor, o homem é espiritual. E ainda mais, enquanto as cobiças dos males obstruírem os interiores da mente natural, o homem é animal; ele difere do animal unicamente pelo fato de poder pensar e falar, até sobre as coisas que não vê com os olhos, o que lhe vem da faculdade que possui de elevar seu entendimento à luz do céu. Mas logo que as concupiscências são dissipadas pelo Senhor, o homem é homem, porque então pensa o vero no entendimento pelo bem na vontade. Enfim, enquanto as concupiscências dos males obstruírem os interiores da mente natural, o homem é como um jardim no tempo do inverno; mas logo que essas concupiscências são dissipadas pelo Senhor, é como um jardim no tempo do verão.

[6] A conjunção da vontade com o entendimento no homem é o que se entende, na Palavra, pelo "coração" e pela "alma", como também pelo "coração" e pelo "espírito", como onde se diz que se deve amar a Deus

"de todo o coração e de toda a alma" (Mateus 22:37),

"Que Deus dará um novo coração e um novo espírito" (Ezequiel 11:19; Ezequiel 36:26-27);

Pelo "coração" se entende a vontade e seu amor; e pela "alma" e o "espírito", o entendimento e sua sabedoria.

  
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