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Deuteronômio 32:46

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46 disse-lhes: Aplicai o vosso coração a todas as palavras que eu hoje vos testifico, as quais haveis de recomendar a vossos filhos, para que tenham cuidado de cumprir todas as palavras desta lei.

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Doutrina de Escritura Santa # 51

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51. (i.) Que a Palavra não seja entendida sem a doutrina é porque a Palavra no sentido da letra consiste em puras correspondências, a fim de que as coisas espirituais e celestes estejam ali presentes ao mesmo tempo e cada um dos vocábulos seja o seu continente e esteio. Por esse motivo, em algumas passagens do sentido da letra não há veros nus, mas revestidos, que se chamam aparências de vero. E há muitos que estão acomodados à compreensão dos simples, cujos pensamentos não se elevam acima do que vêem diante dos olhos, e alguns que parecem como se fossem contradições, quando, todavia, não há contradição alguma na Palavra, considerada em sua luz. E, também, em algumas passagens nos Profetas, há coleções de nomes de lugares e de pessoas dos quais não se pode extrair sentido algum, como se mostrou nas citações acima (15). E como tal é a Palavra no sentido da letra, pode-se ver que não é possível entendê-la sem a doutrina.

[2] Mas, alguns exemplos ilustrarão isso. Foi dito que Jehovah Se arrepende (Êxodo 32:12, 14; Jonas 3:9, 4:2); e foi dito também que Jehovah não Se arrepende (Números 23:19; 1 Samuel 15:29). Sem a doutrina essas passagens não podem se conciliar. Foi dito que Jehovah visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração (Números 14:18); E foi dito também que o pai não morrerá por causa do filho, nem o filho por causa do pai, mas cada um em seu pecado (Deuteronômio 24:16). Pela doutrina, essas passagens não são discordantes, mas concordantes.

[3] Jesus disse: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á; aquele que pede, recebe; e [quem] busca, encontra; e ao que bate, abrir-se-lhe-á" (Mateus 7:7-8; Mateus 21:21-22). Sem a doutrina, acreditar-se-á que cada um deve receber o que pede; mas, pela doutrina, crê-se que tudo que o homem pede, não por si, mas pelo Senhor, isso lhe é dado. Porque o Senhor também ensina isto: "Se permaneceres em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (João 15:7).

[4] O Senhor disse: "Bem-aventurados os pobres, porque deles é reino de Deus" (Lucas 6:20); sem a doutrina, pode-se pensar que o céu é para os pobres e não para os ricos. Mas a doutrina ensina que se deve entender os pobres de espíritos, pois o Senhor disse: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3).

[5] O Senhor disse: "Não julgueis, para que não sejais julgados; ... com o juízo que julgais, sereis julgados" (Mateus 7:1-2; Lucas 6:37); Sem a doutrina pode-se ser levado a confirmar que não se deve dizer do mal que é um mal, portanto, não se deve julgar que o mau é mau. Mas pela doutrina é permitido julgar, porém, justamente, porque o Senhor disse: "Com juízo justo julgai" (João 7:24).

[6] Jesus disse: "Não sejais chamados rabi [doctor], porque um só é vosso Rabi, Cristo... A ninguém chameis pai na terra, porque um só é vosso Pai... nos céus. A ninguém chameis mestre, porque um só é vosso Mestre, Cristo" (Mateus 23:8-10); sem a doutrina, resultaria que não seria lícito chamar a alguém rabi, pai e mestre, mas pela doutrina sabe-se que é lícito no sentido natural, mas não no espiritual.

[7] Jesus disse aos discípulos: "Quando o Filho do homem sentar no trono de Sua glória, também vós sentareis em doze tronos a julgar as doze tribos de Israel" (Mateus 19:28); Por essas palavras pode-se concluir que os discípulos do Senhor também deverão julgar, quando, todavia, a ninguém podem julgar. Assim, a doutrina revelará este arcano pelo seguinte, que somente o Senhor, que é Onisciente e conhece o coração de todos, deve julgar e pode julgar. E que, pelos Seus "doze discípulos" se entende a igreja quanto a todos os veros e bens que lhe vêm do Senhor por meio da Palavra. Por aí a doutrina conclui que eles [os veros e bens] devem julgar a cada um, segundo as palavras do Senhor em João (João 3:17-18; João 12:47-48).

[8] Quem lê a Palavra sem a doutrina não sabe de que maneira são coerentes as coisas que se dizem nos Profetas sobre a nação judaica e sobre Jerusalém, a saber, que a igreja permanecerá para sempre com aquela nação e com sua sede naquela cidade, como nas seguintes passagens: "Visitará Jehovah o Seu rebanho, a casa de Judá, e os porá como em glória... na guerra; d'Ele sairá a pedra de esquina, d'Ele sairá a estaca; e d'Ele sairá o arco de guerra" (Zacarias 10:3-4, 6-7). "Eis que eu venho, para habitar no meio de ti; e Jehovah fará de Judá uma herança... e elegerá de novo Jerusalém" (Zacarias 2:10, 12). "Sucederá naquele dia que os montes destilarão mosto, e a colinas verterão leite; ... e Judá será para sempre, e Jerusalém de geração em geração" (Joel 3:18-20). "Eis que os dias vêem... em que semearei a casa de Israel e a casa de Judá com semente de homem... e em que então farei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova... E esta será a aliança: ... porei a Minha lei no seu meio, e sobre o coração deles a escreverei, e lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo" (Jeremias 31:27, 31, 33). "Naquele dia, dez varões de todas as línguas das nações pegarão na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque ouvimos Deus convosco" (Zacarias 8:22-23). Do mesmo modo que em outras passagens (como Isaías 44:24, 26; Isaías 49:22-23; Isaías 65:9; Isaías 66:20, 22; Jeremias 3:18; Jeremias 23:5; Jeremias 50:19-20; Naum 1:15; Malaquias 3:4), passagens em que se trata do advento do Senhor e isso então acontecerá.

[9] Mas diz-se o contrário em muitas outras passagens, das quais será citada aqui somente esta: "Esconderei deles a Minha face; verei o que a posteridade deles será, porque são uma geração de perversos, filhos em que não há fidelidade. ... Se Eu dissesse: Nos cantos extremos os lançarei, farei cessar do homem a memória deles; ... porque são gente falta de conselhos, nem há inteligência neles. Da videira de Sodoma é a sua videira, e dos campos de Gomorra; suas uvas são uvas de fel, cachos de amargor são elas; veneno de dragão é o seu vinho, e fel cruel de áspides. Não está isso guardado comigo, selado em Meus tesouros? A Mim [pertencem] a vingança e a retribuição" (Deuteronômio 32:20-35). Isso foi dito a respeito daquela nação. E semelhantes expressões se acham em outras passagens, como Isaías 3:1-2, 8; Isaías 5:3-6; Mateus 12:39; João 8:44, e em toda parte em Jeremias e Ezequiel. Mas essas passagens, que parecem contraditórias, mostram-se concordantes pela doutrina, que ensina que por "Israel" e por "Judá", na Palavra, não se entendem Israel e Judá, mas a igreja em ambos os sentidos: em um, que foi devastada, em outro, que vai ser instaurada pelo Senhor. Passagens semelhantes a estas estão em outros lugares na Palavra, pelas quais se vê claramente que a Palavra não é compreendida sem a doutrina.

  
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