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Gênesis第7章:24

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24 E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinqüenta dias.

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Arcanos Celestes#842

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842. "E Deus fez passar um vento sobre a terra, e as águas pararam." Que isto signifique a disposição de todas as coisas em sua ordem vê-se pela significação de 'vento' na Palavra. Todos os espíritos, tanto os bons quanto os maus, são comparados e assemelhados ao vento, e até são chamados 'ventos'. Na língua original se exprime 'espírito' pelo mesmo vocábulo com que se exprime 'vento'. Nas tentações, que aqui são as 'águas que pararam', como foi mostrado, há maus espíritos que inundam, que influem em massa com as suas fantasias e excitam fantasias semelhantes às que estão no homem. Quando esses espíritos, ou essas fantasias, se dispersam, diz-se na Palavra que isso se faz pelo 'vento' e, de fato, pelo 'vento oriental'.

[2] O que se passa com o homem que está em tentação, quando as perturbações ou as águas da tentação cessam, assim como o que se passa em geral, foi-me dado conhecer por muitas experiências, a saber, que no mundo dos espíritos os maus espíritos às vezes se consociam em turbas e, assim, excitam perturbações, mas são dispersos por outras turbas de espírito, vindo principalmente da direita, assim, da região oriental, que lhe incutem tanto medo e terror que nada pensam senão em fugir. Então, os que se tinham consociado são dispersos a todas as regiões, e assim são dissolvidas as sociedades de espíritos mal arranjadas. As turbas de espíritos que assim os dispersam são chamadas 'vento oriental'. Além deste, há inúmeros outros modos de eles serem dispersos, modos esses que também são o 'vento oriental', dos quais se falará na sequência, pela Divina Misericórdia do Senhor. Quando os maus espíritos foram assim dispersos, então, após a perturbação ou o estado turbulento, surge uma espécie de serenidade ou de silêncio. Acontece de modo semelhante com o homem que está em tentação; quando ele está em tentação, está entre a turba de tais espíritos; quando esses são afastados ou dispersos, faz-se uma espécie de serenidade, que é o princípio da disposição de todas as coisas em ordem.

[3] Antes que alguma coisa seja posta em ordem, é muito comum que as coisas sejam postas numa espécie de confusão, como num caos; assim, as que não são bem coerentes são dissociadas, e, ao serem dissociadas, então o Senhor as dispõe em ordem. Isto pode ser comparado às coisas que existem na natureza, onde, também, todas e cada uma das coisas são postas primeiro numa espécie de confusão, antes de serem dispostas. Se não houvesse tempestades na atmosfera que dissipassem as coisas heterogêneas, o ar nunca seria sereno, e as substâncias pestilentas se acumulariam perniciosas. Semelhantemente, no corpo humano, se todas as coisas do sangue, tanto as heterogêneas como as homogêneas, não confluíssem continuamente e por turnos a um só coração e aí se confundissem, os líquidos se aglutinariam perniciosos, e nenhuma das partes seria jamais disposta distintamente para os seus usos. Assim também acontece no homem que está sendo regenerado.

[4] Que o 'vento', particularmente o 'vento oriental', não signifique outra coisa senão a dispersão dos falsos e males, ou, o que é o mesmo, dos maus espíritos e gênios, e, em seguida, a disposição em ordem, pode-se ver na Palavra, como em Isaías:

"[Tu] os dispersarás, e o vento os levará, e a tempestade os dissipará; e tu exultarás em Jehovah, no Santo de Israel te gloriarás" (Isaías 41:16), onde a dispersão é comparada ao 'vento', e a dissipação, à 'tempestade', que é dos maus; então, que os regenerados 'exultarão em Jehovah'.

Em David:

"Eis que os reis se congregaram, passaram juntamente; eles viram, e assim ficaram estupefatos, ficaram confusos; eles se apressaram, o terror se apoderou deles, uma dor como da parturiente; pelo vento oriental quebrarás [os navios de Tarschisch]" (Salmos 48:4-7).

Aqui se descrevem o terror e a confusão em que estão por causa do 'vento oriental'. Essa descrição é segundo as coisas que acontecem no mundo dos espíritos, pois o sentido interno da Palavra as envolve.

Em Jeremias:

"Porá a terra deles em espanto; como o vento oriental os dispersarei diante do adversário; pela cerviz e não pelas faces os olharei no dia de sua destruição" (Jeremias 18:16-17).

Aqui, semelhantemente, o 'vento oriental' está em lugar da dispersão dos falsos. Coisas semelhantes são representadas pelo vento oriental com que foi seco o mar de Suph, para que os filhos de Israel passassem, de que assim se fala no Êxodo:

"Jehovah afastou o mar de Suph pelo vento oriental veemente toda a noite, e fez do mar [um lugar] seco, e as águas se dividiram" (Êxodo 14:21).

Que as mesmas coisas tenham sido representadas pelas 'águas do mar de Suph' e, aqui, pelas 'águas do dilúvio', vê-se pelo fato de que os 'egípcios', que representaram os maus, foram submersos, e os 'filhos de Israel', que representavam os regenerados, passaram. E pelo 'mar de Suph', assim como pelo 'dilúvio' é representada a danação e, também, a tentação; assim, pelo 'vento oriental', a dissipação das águas ou da dominação dos maus, ou da tentação. Vê-se também pelo cântico de Moisés, depois de terem passado (Êxodo 15:1-19), e em Isaías:

"Jehovah amaldiçoará a língua do mar do Egito, e moverá a Sua mão sobre o rio, na veemência de Seu vento, e o ferirá em sete rios, e fará um caminho para os sapatos. Assim haverá uma vereda para os restantes do Seu povo, o que tiver restado da Assíria, como foi para Israel quando subiu da terra do Egito" (Isaías 11:15-16), onde a 'vereda para os restantes do povo que tiver restado da Assíria' está em lugar da disposição em ordem.

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém