Divina Providência #3

വഴി ഇമ്മാനുവൽ സ്വീഡൻബർഗ്

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3. (i.) O universo, com todas e cada uma de suas coisas, foi criado pelo Divino Amor por meio da Divina Sabedoria. Que o Senhor de eternidade, que é JEHOVAH, seja, quanto a essência, o Divino Amor e a Divina Sabedoria, e que Ele, de Si mesmo, tenha criado o universo e todas as coisas daí, foi demonstrado no tratado Divino Amor e Divina Sabedoria. Segue-se daí a conclusão de que o universo com todas e cada uma de suas coisas foi criado pelo Divino Amor por meio da Divina Sabedoria. No referido tratado também se demonstrou que o amor sem a sabedoria nada pode fazer, nem a sabedoria o pode sem o amor. Com efeito, o amor sem a sabedoria ou a vontade sem o entendimento nada pode pensar, nada pode ver e sentir, nem nada pode falar; por conseguinte, nada pode fazer o amor sem a sabedoria ou a vontade sem o entendimento, do mesmo modo que a sabedoria sem o amor ou o entendimento sem a vontade nada pode pensar nem nada pode ser e sentir, nem mesmo falar. Por isso, a sabedoria sem o amor ou o entendimento sem a vontade nada pode fazer, porque, se o amor lhe for suprimido, não há mais vontade alguma nem, por consequência, ação alguma. Visto que isso existe no homem quando realiza alguma coisa, ainda mais existirá em Deus, que é o Amor mesmo e a Sabedoria mesma, quando criou e fez o universo e todas as coisas ali.

[2] Que o universo, com todas e cada uma de suas coisas, tenha sido criado pelo Divino Amor por meio da Divina Sabedoria, pode-se confirmar também por todos os objetos vistos no mundo. Toma somente algum objeto em particular e o examina por alguma sabedoria, e te confirmarás. Toma uma árvore, ou sua semente, ou seu fruto, ou sua flor, ou suas folhas e, ajuntando a sabedoria que há em ti, observa esse objeto com um bom microscópio e verás maravilhas; a as coisas interiores, que não vês, são ainda mais maravilhosas. Observa a ordem em sua sucessão, de que modo a árvore cresce da semente até uma nova semente, e examina se em toda sucessão não há um esforço contínuo para se propagar para mais adiante. Com efeito, o último para o qual tende é a semente, na qual seu prolífico se acha novamente. Se, então, queres pensar espiritualmente – e isto tu podes, se o quiseres – não verás nisso a sabedoria? E, ainda mais, se quiseres pensar nisso espiritualmente, isso não vem da semente, nem do sol do mundo, que é puro fogo, mas está na semente pelo Deus Criador, cuja sabedoria é infinita, e isso não somente quando a semente foi criada, mas também depois, continuamente, porquanto a sustentação é a perpétua criação, assim como a subsistência é a perpétua existência. Dá-se de modo semelhante se suprimires a vontade do ato: a obra cessa; ou se da fala suprimires o pensamento: a fala cessa; ou se do movimento suprimires o esforço: o movimento cessa. numa palavra, se do efeito suprimires a causa: o efeito perece; e assim por diante.

[3] Decerto, em tudo o que é criado foi inserida uma força, mas a força não efetua coisa alguma por si mesma, mas por aquilo que insere a força. Observa ainda alguma outra coisa sobre a terra, como um bicho-da-seda, uma abelha ou outro animálculo, e examina-o primeiro naturalmente, depois racionalmente e, enfim, espiritualmente; e então, se podes pensar com elevação, ficarás admirado diante de todas essas coisas. E, se admitires que em ti fale a sabedoria, com admiração dirás: "Quem não vê nisso o Divino? Todas essas coisas pertencem à Divina Sabedoria". Ainda mais se observares os usos de todas as coisas que foram criadas, de que maneira se sucedem em sua ordem até o homem, e do homem até a criação de que procedeu; e que o encadeamento de todas as coisas depende da conjunção do Criador com o homem, e, se quiseres reconhecer, disso depende a conservação de tudo. Que o Divino Amor tenha criado todas as coisas e nada tenha criado sem a Divina Sabedoria, é o que se verá na sequência.

  
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Divina Providência, por Emanuel Swedenborg. Publicado em latim em Amsterdã no ano de 1764. Do latim Sapientia Angelica de Divina Providentia. Tradução: Cristóvão Rabelo Nobre, Revisão: Jorge de Lima Medeiros