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Números 25

Studie

   

1 Ora, Israel demorava-se em Sitim, e o povo começou a prostituir-se com as filhas de Moabe,

2 pois elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.

3 Porquanto Israel se juntou a Baal-Peor, a ira do Senhor acendeu-se contra ele.

4 Disse, pois, o Senhor a Moisés: Toma todos os cabeças do povo, e enforca-os ao Senhor diante do sol, para que a grande ira do Senhor se retire de Israel.

5 Então Moisés disse aos juízes de Israel: Mate cada um os seus homens que se juntaram a Baal-Peor.

6 E eis que veio um homem dos filhos de Israel, e trouxe a seus irmãos uma midianita à vista de Moisés e à vista de toda a congregação dos filhos de Israel, enquanto estavam chorando à porta da tenda da revelação.

7 Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Arão, levantou-se do meio da congregação, e tomou na mão uma lança; o foi após o israelita, e entrando na sua tenda, os atravessou a ambos, ao israelita e à mulher, pelo ventre. Então a praga cessou de sobre os filhos de Israel.

9 Ora, os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil.

10 Então disse o Senhor a Moisés:

11 Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles, de modo que no meu zelo não consumi os filhos de Israel.

12 Portanto dize: Eis que lhe dou o meu pacto de paz,

13 e será para ele e para a sua descendência depois dele, o pacto de um sacerdócio perpétuo; porquanto foi zeloso pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel.

14 O nome do israelita que foi morto com a midianita era Zinri, filho de Salu, príncipe duma casa paterna entre os simeonitas.

15 E o nome da mulher midianita morta era Cozbi, filha de Zur; o qual era cabeça do povo duma casa paterna em Midiã.

16 Disse mais o Senhor a Moisés:

17 Afligi vós os midianitas e feri-os;

18 porque eles vos afligiram a vós com as suas ciladas com que vos enganaram no caso de Peor, e no caso de Cozbi, sua irmã, filha do príncipe de Midiã, a qual foi morta no dia da praga no caso de Peor.

   

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Arcanos Celestes # 1038

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1038. "Este é o sinal da aliança." Que isto signifique o indício da presença do Senhor na caridade vê-se pela significação de 'aliança e sinal da aliança'. Que a 'aliança' signifique a presença do Senhor na caridade mostrou-se anteriormente, no cap. 6:18, e acima, neste capítulo, no vers. 9. Que a aliança seja a presença do Senhor no amor e na caridade vê-se pela natureza da aliança. Toda aliança é por causa da conjunção, ou seja, que vivam mutuamente em amizade ou em amor. O casamento daí é o que se chama aliança. A conjunção do Senhor com o homem só existe no amor e na caridade, pois o Senhor é o Amor mesmo e a misericórdia; Ele quer salvar cada um e atraí-lo poderosamente ao céu, isto é, a Si. Assim, qualquer um pode saber e concluir que ninguém pode jamais ser conjunto ao Senhor senão por aquilo que é Ele mesmo, isto, a não que se faça semelhante ou faça um com Ele, isto é, que ame de volta ao Senhor e ame o próximo como a si mesmo. Somente por isto se faz a conjunção. Esta é a essência mesmíssima da aliança. Quando daí há a conjunção, segue-se então claramente que o Senhor está presente. De fato, a presença mesma do Senhor está em todo homem, mas ela é mais próxima e mais afastada, segundo o grau do amor e a distância do amor.

[2] Como a aliança é a conjunção do Senhor com o homem pelo amor, ou, o que é o mesmo, a presença do Senhor no homem no amor e na caridade, na Palavra a aliança mesma é chamada 'aliança de paz', pois a 'paz' significa o reino do Senhor, e o reino do Senhor consiste no amor mútuo, no qual, unicamente, há a paz.

Como em Isaías:

"Os montes se retirarão, e as colinas serão removidas, e a Minha misericórdia não se retirará de ti, e Minha aliança de paz não será removida, disse Jehovah, o teu Misericordioso" (Isaías 54:10), onde a misericórdia, que pertence ao amor, é chamada 'aliança de paz'.

Em Ezequiel:

"Suscitarei sobre eles um só Pastor, o apascentá-los-á, o Meu servo David; Ele os apascentará, e Ele lhes será por pastor; e farei [excidam] com eles uma aliança de paz" (Ezequiel 34:23, 25), onde por 'David' se entende claramente o Senhor. A Sua presença no homem regenerado é descrita como 'apascentá-los-á'.

[3] No mesmo

"Meu servo David, rei sobre eles, e um só pastor haverá para todos eles; e firmarei com eles uma aliança de paz, e uma aliança de eternidade haverá com eles; e os porei, e os farei multiplicar, e porei o Meu santuário no meio deles eternamente; e lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo" (Ezequiel 37:24, 26-27), onde, semelhantemente, por 'David' se entende o Senhor, o amor se entende pelo 'santuário no meio deles', a presença e a conjunção do Senhor no amor se entende por 'lhes será por Deus, e eles Lhe serão por povo', o que é chamado 'aliança de paz' e 'aliança de eternidade'.

Em Malaquias:

"Conhecereis que vos tenho enviado este preceito, para que Minha aliança esteja com Levi, disse Jehovah Zebaoth. Minha aliança com ele foi de vidas e de paz, e as dei-lhe em temor, e Me temerá" (Malaquias 2:4-5);

'Levi', no sentido supremo, é o Senhor, e, daí, o homem que tem o amor e caridade; por isso a 'aliança de vidas e de paz com Levi' é no amor e na caridade.

[4] Em Moisés, onde se trata de Finéias:

"Eis que Eu [sou] Quem lhe dá Minha aliança de paz, e será para ele e para a sua semente depois dele uma aliança de sacerdócio eterno" (Números 25:12-13), onde por 'Finéias' não se entende Finéias, mas o sacerdócio que era representado por ele, que significa o amor e as coisas que são do amor, como todo o sacerdócio daquela igreja. Qualquer um sabe que Finéias não teve sacerdócio eterno.

No mesmo:

"Jehovah teu Deus, Ele é Deus, Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia com os O amam e com os que guardam os preceitos d'Ele à milésima geração" (Deuteronômio 7:9, 12), onde se vê claramente que a presença do Senhor no homem, no amor, é a 'aliança', pois se diz que é 'com os que O amam e com os que guardam os preceitos'.

[5] Como a aliança é a conjunção do Senhor com o homem pelo amor, segue-se também que é por todas as coisas que são do amor, as quais são os veros da fé e se chamam preceitos, pois todos os preceitos, de fato, a Lei e os Profetas, estão fundamentos numa única lei: que amem ao Senhor sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos, como se vê pelas palavras do Senhor em Mateus 22:34-40 e Marcos 12:28-35). Por isso, também, as suas tábuas em que foram escritos os dez preceitos são chamadas 'tábuas da aliança'. Como a aliança ou a conjunção é pelas leis ou preceitos do amor, também foi pelas leis da sociedade na Igreja Judaica transmitidas pelo Senhor, as quais se chamam 'testemunhos', como também pelos rituais da Igreja ordenados pelo Senhor, os quais se chamam 'estatutos'. Todas essas coisas são chamadas 'da aliança', porque se referem ao amor e à caridade, conforme se lê a respeito do rei Josias:

"O rei se pôs sobre a coluna e firmou uma aliança perante Jehovah, para ir após Jehovah e para guardar os Seus preceitos, e os Seus testemunhos, e os Seus estatutos de todo coração, e de toda a alma, para estabelecer as palavras da aliança" (2 Reis 23:3).

[6] Por aí agora se vê o que é a aliança e que a aliança é interna, pois a conjunção do Senhor com o homem se faz pelos internos, nunca pelos externos separados dos internos. Os internos são somente tipos e representativos dos internos, como a ação do homem é um tipo representativo de seu pensamento e de sua vontade, e como a obra de caridade é um tipo representativo da caridade, que está interiormente no ânimo e na mente. Assim, todos os rituais da Igreja Judaica eram tipos representativos do Senhor, por conseguinte, do amor e da caridade, e tudo o que vem daí. Por isso é que a aliança e a conjunção se fazem pelos internos do homem; os externos são apenas sinais da aliança, como também são chamadas. Que a aliança ou conjunção se faça pelos internos vê-se claramente, como em Jeremias:

"Eis que vêm os dias, dito de Jehovah, e firmarei com a casa de Israel, e com a casa de Judah, uma aliança nova, não como a aliança que firmei com os seus pais; porque eles tornaram nula a Minha aliança; mas este é a aliança que firmarei com a casa de Israel depois destes dias: Porei a Minha lei no meio deles, e no coração deles a escreverei" (Jeremias 31:31-33), onde se trata de uma nova igreja. Diz-se claramente que a aliança mesmíssima é pelos internos e, de fato, na consciência em que é inscrita a lei, que é toda do amor, como foi dito.

[7] Que os externos não sejam a aliança a menos que os internos lhes sejam adjuntos e, assim, pela união ajam como uma só e mesma causa, mas que sejam 'sinais da aliança', para que por eles, como por tipos representativos, se recorde do Senhor, vê-se pelo fato de o sabbath e a circuncisão serem chamados 'sinais da aliança'. Que o sabbath seja assim chamado vê-se em Moisés:

"Os filhos de Israel guardarão o sabbath, para cumprir o sabbath em suas gerações, aliança eterna; entre Mim e os filhos de Israel é um sinal eternamente" (Êxodo 31:16-17);

E que a circuncisão seja assim chamada, no mesmo:

"Esta é a Minha aliança, que guardareis entre Mim e vós, e entre a tua semente depois de ti: circuncidar-vos-eis todo macho; e circuncidareis a carne de vosso prepúcio, e será por sinal de aliança entre Mim e vós" (Gênesis 17:10-11).

Daí também o sangue é chamado 'sangue da aliança' (Êxodo 24:7-8).

[8] Principalmente os rituais externos foram chamados sinais da aliança para que por eles se lembrassem das coisas interiores, isto é, das coisas que eles significavam. Todos os rituais da Igreja Judaica não eram outra coisa, pelo que também eram chamados 'sinais', para ajudá-los a se lembrarem das coisas interiores, por exemplo, que atassem o preceito primário na mão e na testa, como em Moisés:

"Amarás Jehovah teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças; e atarás estas palavras por sinal em tua mão, e estão na testa, entre os teus olhos" (Deuteronômio 6:5, 8; 11:13, 18), onde a 'mão' significa a vontade, porque é o poder, pois o poder pertence à vontade, e 'testa, entre os olhos' significa o entendimento, assim, um sinal para recordação do preceito primário, ou da lei num sumário, para que esteja continuamente na vontade e continuamente no pensamento, isto é, para ser a presença do Senhor e do amor em tudo da vontade e em tudo do pensamento; tal é a presença do Senhor e do amor mútuo oriundo d'Ele nos anjos. Dessa presença contínua, sua qualidade, dir-se-á na sequência pela Divina Misericórdia do Senhor. Semelhante ao que ocorre aqui, onde se diz que 'este é o sinal da aliança, que Eu ponho entre Mim e vós: Meu arco pus na nuvem e será por sinal da aliança entre Mim e a terra' significa não outro sinal a não ser o indício da presença do Senhor na caridade, assim, para recordação, no homem. Mas como o indício e a recordação vêm daí, ou do arco na nuvem, dir-se-á na sequência, pela Divina Misericórdia do Senhor.

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém