Bible

 

Mateus 3

Studie

   

1 Naqueles dias apareceu João, o Batista, pregando no deserto da Judéia,

2 dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.

3 Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto; Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

4 Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.

5 Então iam ter com ele os de Jerusalém, de toda a Judéia, e de toda a circunvizinhança do Jordão,

6 e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.

7 Mas, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?

8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento,

9 e não queirais dizer dentro de vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.

10 E já está posto o machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.

11 Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo.

12 A sua pá ele tem na mão, e limpará bem a sua eira; recolherá o seu trigo ao celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.

13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?

15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.

16 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;

17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

   

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Arcanos Celestes # 794

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794. "E as águas se fortaleceram muito, muito sobre a terra." Que isto signifique as persuasões do falso, que assim aumentaram, pode-se ver pelo que há pouco foi dito e mostrado, a saber, que as 'águas do dilúvio' ou a 'inundação' significam os falsos. Como aqui se trata de coisas ainda mais falsas ou de persuasões do falso, diz-se que 'fortaleceram-se muito, muito', que é um superlativo na língua original. Os falsos são os princípios do falso e as persuasões do falso, que aumentaram imensamente nos antediluvianos, como se vê pelo que se disse e se mostrou anteriormente a respeito deles. As persuasões crescem imensamente quando se introduzem os veros nas cobiças, ou seja, fazem com que os veros favoreçam os amores de si e do mundo, porque assim os veros são pervertidos e por mil maneiras forçados a darem consentimento. Com efeito, quem é que, tendo adotado ou forjado para si um princípio do falso, não o confirma pelos muitos conhecimentos que tenha, até mesmo pela Palavra? Porventura há alguma heresia que não conceba assim confirmações, e mesmo force, explique e distorça de diversos modos as que não concordam, para que não dissintam?

[2] É como aquele que adota o princípio de que a fé, só, salva, sem os bens da caridade: não pode esse tecer todo um sistema de doutrinas a partir da Palavra? E, todavia, não considera, nem presta atenção e nem mesmo vê o que o Senhor disse, que "a árvore é conhecida pelo fruto", e "a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo" (Mateus 7:16-20; 12:33). O que dá mais prazer do que viver segundo a carne e ainda assim ser salvo, se tão somente sabe o que é o vero, ainda que não faça bem algum? Toda cobiça que o homem favorece faz a vida de sua vontade, e todo princípio ou toda persuasão do falso faz a vida de seu entendimento. Essas vidas fazem uma só quando os veros ou doutrinais da fé são imersos nas cobiças. Todo homem forma para si uma alma, por assim dizer, cuja vida se torna tal depois da morte. Por isso, nada importa mais ao homem do que saber o que é o vero. Quando sabe o que é o vero, e isso a ponto de não poder pervertê-lo assim, então o vero não pode ser introduzido tanto nas cobiças e feito mortífero. O que deve estar mais que tudo no coração do homem do que a sua vida na eternidade? Se na vida do corpo ele destrói a sua alma, não a destruirá na eternidade?

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém