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Daniel 7

Studie

   

1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas.

2 Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande.

3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar.

4 O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.

5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne.

6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio.

7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres.

8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas.

9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente.

10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos.

11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.

12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo.

13 Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele.

14 E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.

15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbavam.

16 Cheguei-me a um dos que estavam perto, e perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo isso. Ele me respondeu e me fez saber a interpretação das coisas.

17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra.

18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para todo o sempre.

19 Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze; o qual devorava, fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava;

20 e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça, e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é, daquele chifre que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros.

21 Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles,

22 até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.

23 Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.

24 Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o quál será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.

25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.

26 Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim.

27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.

28 Aqui é o fim do assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram e o meu semblante se mudou; mas guardei estas coisas no coração.

   

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Apocalipse Revelado # 839

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839. MEMORÁVEL

(A essas explicações acrescento o MEMORÁVEL a seguir.)

Eu olhava no Mundo dos espíritos e vi um exército sobre cavalos avermelhados e negros. Os cavaleiros que os montavam pareciam macacos, com o rosto e o peito voltados para os lombos e as caudas dos cavalos e com o occiput e as costas voltados para os pescoços e as cabeças dos cavalos; e as rédeas pendiam ao redor do pescoço dos cavaleiros. E eles gritavam: “Combatamos contra os cavaleiros montados sobre os cavalos brancos”; e eles sacudiam as rédeas com ambas as mãos, retirando, assim, os seus cavalos do combate, e isso continuamente.

Então, dois anjos desceram do céu e, aproximando-se de mim, disseram: “Que vês tu?” Contei que vi uma cavalaria muito ridícula e perguntei: “Que é isso e quem são eles."

[2] E os anjos responderam: “Eles são do lugar que é chamado Armageddon (Apocalipse 16:16), no qual estiveram reunidos em número de alguns milhares, a fim de combaterem contra os que são da Nova Igreja do Senhor, que se chama a Nova Jerusalém. Nesse lugar, eles falavam sobre a Igreja e sobre a religião, e, entretanto, neles não havia coisa alguma da Igreja, porque eles não têm verdade espiritual alguma nem religião alguma, pois não têm qualquer bem espiritual. Lá, eles falavam apenas de boca e de lábios, a fim de, por elas (a Igreja e a religião), exercerem dominação. Eles aprenderam, em sua juventude, a confirmar a fé só, a trindade de Deus e a dualidade de Cristo, mas, quando foram elevados a funções mais eminentes na Igreja, eles retiveram essa coisas durante algum tempo. Todavia, como então começassem a pensar não mais em Deus e no céu, mas em si próprios e no mundo, assim não na bem-aventurança e na felicidade eternas, mas na preeminência e na opulência temporais, eles rejeitaram os interiores da mente racional, que comunicam com o céu e conseqúentemente estão na luz do céu, os doutrinais que eles haviam recebido na juventude, e os colocaram nos exteriores da mente racional, que comunicam com o mundo e consequentemente estão na luz do mundo, e finalmente os relegaram ao natural sensual. Daí, os doutrinais da Igreja neles terem-se tornado somente de boca e não mais (pertencerem) ao pensamento proveniente da razão e ainda menos

à afeição proveniente do amor. E como se fizeram tais, eles não admitem verdade genuína alguma pertencente à Igreja, nem bem real algum que seja da religião. Os interiores de suas mentes tornaram-se comparativamente como odres cheios de limalha de ferro misturada com enxofre em pó, mistura em que, se for derramada água, se manifesta a princípio calor e depois chama, de que resulta a explosão dos odres.

A mesma coisa acontece com eles, quando ouvem alguma coisa relativa

à água viva que é a genuína verdade da Palavra, a qual, entrando em seus ouvidos, os abrasam e os inflamam veementemente, e eles a rejeitam como se fosse uma coisa que lhes rompesse a cabeça.

[3] São eles que te apareceram semelhantes a macacos, montados com o corpo invertido em cavalos avermelhados e negros, e com as rédeas ao redor do pescoço; isto porque aqueles que não amam a verdade nem o bem da Igreja procedente da Palavra não querem olhar a parte dianteira do cavalo, mas olham para a parte posterior, porque “o cavalo” significa o entendimento da Palavra, “o cavalo avermelhado” o entendimento da Palavra destruído quanto ao bem, e “o cvalo negro” o entendimento da Palavra destruído quanto à verdade.

Que eles gritavam para o combate contra os que estavam montados nos cavalos brancos, é porque “o cavalo branco” significa o entendimento da Palavra quanto à verdade e ao bem. Que foram vistos puxando os cavalos para trás com o pescoço, é porque eles temiam o combate e que a verdade da Palavra alcançasse a muitos e assim se manifestasse na luz. Esta é a interpretação.”

[4] Disseram os anjos depois: “Somos da sociedade do céu chamada Miguel e fomos mandados pelo Senhor a descer no lugar chamado Armageddon, de onde saiu a cavalaria que viste. Entre nós, no céu, por Armageddon é significado o estado e a intenção de combater pelo impulso das verdades falsificadas, oriundas do amor do mando e da preeminência. E como percebemos em ti o desejo de saber pormenores da luta ali, narraremos alguma coisa (a respeito).

“Depois de descermos do céu, aproximamo-nos desse lugar denominado Armageddon e vimos alguns milhares reunidos lá. Na verdade, não entramos nessa assembléia, mas havia duas casas no lado meridional desse lugar, onde estavam meninos com seus mestres. Entramos lá e eles nos receberam com benevolência. Nós nos deleitávamos com sua companhia. Todos, quanto à face, eram belos, por causa da vida nos olhos e do zelo na conversação; a vida nos olhos provinha da percepção da verdade e o zelo na conversação provinha da afeição do bem. Por isso, do céu lhes foram dados barretes, cujas abas eram adornadas de trancelins de ouro entremeados de pérolas, e também lhes foram dadas vestimentas variegadas da cor branca e da cor do jacinto.

“Perguntamos-lhes se tinham dirigido seus olhares para o lugar vizinho que se chama Armageddon. Disseram que tinham olhado através de uma janela que estava sob o teto da casa e que lá tinham visto uma assembléia, mas apresentando várias formas, ora como homens de alta posição, ora não mais como homens, mas como estátuas e ídolos esculpidos e, ao redor deles, a assembléia se ajoelhando. Eles também nos apareceram sob várias formas, ora como homens, ora como leopardos, e ora como bodes; estes tinham os chifres virados para baixo e com eles cavavam a terra.

“Interpretamos essas transformações, (indicando) quem representavam e o que significavam.

[5] “Voltemos, porém, ao assunto: Quando os que se tinham reunido souberam que tínhamos entrado nessas casas, disseram entre si: Que estão eles fazendo entre esses meninos? Enviemos alguns de nossa assembléia para expulsá-los.

“Efetivamente os enviaram e, quando chegaram, eles nos disseram: Por que entrastes nestas casas? De onde sois? Com nossa autoridade, ordenamos que vos retireis.

“Mas respondemos: Não podeis ordenar isto com auto ridade. É verdade que aos vossos próprios olhos sois como Enachim, e aqueles que estão aqui são como anões; contudo, nenhum poder e nenhum direito tendes aqui, a não ser talvez por astúcias derivadas de vossos três lugares de diversão aqui, que, entretanto, não terão força. Por isso, avisai a vossos companheiros que nós fomos enviados do céu para aqui, a fim de vermos, com nossa visita, se há religião entre vós, ou se não há;

se não houver, sereis expulsos deste lugar. Por conseguinte, proponde-lhes este ponto, que envolve a verdadeira essência da Igreja e consequentemente da religião, a saber: Como entendem eles estas palavras da Oração Dominical PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS, SANTIFICADO SEJA O TEU NOME, VENHA O TEU REINO, SEJA FEITA A TUA VONTADE COMO NO CÉU TAMBÉM NNA TERRA?

“Ouvindo essas palavras, disseram a princípio: Que é isso? Em seguida (disseram) que proporiam. Eles se foram e relataram essas coisas aos seus (companheiros), que responderam: Que espécie de proposição é essa? Mas eles compreenderam o arcano que eles (os anjos) queriam saber, (isto é) se essas palavras confirmam o caminho de nossa fé para Deus Pai. Portanto, disseram: As palavras são claras que a oração deve ser dirigida a Deus Pai. E, como Cristo é nosso Salvador, deve-se orar a Deus Pai, por causa do Filho. Em seguida, eles resolveram indignadamente, que viriam ao nosso encontro, para dar-nos oralmente a explicação, dizendo até que puxariam nossas orelhas. Eles efetivamente deixaram o lugar e entraram em um bosque perto das duas casas em que estavam os meninos com os mestres, onde havia um terreno elevado como uma arena para exercícios. Eles se davam as mãos e entraram nessa arena, onde estávamos e onde os aguardávamos. Havia lá tufos de relva elevando-se da terra, e formando montículos, sobre os quais eles se colocavam, pois diziam entre si: Não ficaremos de pé diante deles, mas nos sentaremos.

“Então, um deles, que podia assumir a aparência de um anjo de luz, e ao qual os outros delegaram a incumbência de falar-nos, disse:

Propuseste-nos que abríssemos nossa mente sobre as primeiras palavras da Oração Dominical, (para dizermos) como as entendemos.

Portanto, digo-vos que as entendemos assim: A oração deve ser dirigida a Deus Pai; e, como Cristo é nosso Salvador e somos salvos pelo Seu mérito, devemos orar a Deus Pai segundo a fé no mérito do Cristo.

[6] “Mas então lhes dissemos: Somos da sociedade do céu chamada Miguel e fomos enviados para visitar-vos e examinar se vós, reunidos neste lugar, tendes ou não alguma religião; e não podemos saber isso senão interrogando a respeito de Deus, porque a ideia de Deus entra em tudo o que é da religião, e por essa ideia se faz a conjunção e pela conjunção a salvação. Nós, no céu, lemos todos os dias essa Oração como os homens na terra, e então pensamos não em Deus Pai, que é invisível, mas em Deus em Seu Divino Humano, porque nesse Divino Humano Ele é visível, e Ele no Divino Humano é chamado por vós o Cristo, mas por nós o Senhor; e, assim, para nós o Senhor é o Pai no céu. O Senhor também ensinou “que Ele e o Pai são um; que o Pai está n'Ele e Ele está no Pai; que quem O vê vê o Pai; que ninguém vem ao Pai senão por Ele; e também que a vontade do Pai é que se creia no Filho; e que aquele que não crê no Filho não vê e vida, mas que a ira de Deus permanece sobre ele”. Por essas passagens, é evidente que se dirige ao Pai por Ele e n’Ele. E como é assim. Ele ensina ainda “que todo o poder Lhe foi dado no céu e na terra”. Nesta Oração é dito: SANTIFICADO SEJA O TEU. NOME, VENHA O TEU REINO, e temos demonstrado pela Palavra que o Divino Humano do Senhor é o Nome do Pai e que o Reino do Pai existe quando se invoca diretamente o Senhor e de modo algum quando se invoca di retamente Deus Pai; também é por isso que o Senhor disse a Seu discípulos que pregassem o Reino de Deus, e este é o Reino de Deus."

[7] “Além disso, nós os instruímos, segundo a Palavra, que o Senhor veio ao mundo para glorificar Seu Humano, a fim de que os anjos do céu e os homens das Igrejas fossem unidos a Deus Pai por Ele e n’Ele, pois Ele ensinou que os que creem n’Ele estão n'Ele e Ele neles, o que é, como a Igreja ensina, estar no corpo de Cristo.

Finalmente, nós lhes informamos que, hoje, uma Nova Igreja é instaurada pelo Senhor, a qual se entende no Apocalipse pela Nova Jerusalém, em que haverá o culto do Senhor Só, como existe no céu; e que, assim, será cumprido tudo o que se encerra na Oração Dominical do princípio ao fim. Todas as coisas que acabamos de dizer, nós as confirmamos pela Palavra nos Evangelistas e pela Palavra nos Profetas com tanta abundância de passagens que eles se fatigaram de ouvir-nos.”

[8] I. Que PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS é o Senhor Jesus Cristo nós o confirmamos por estas passagens:

“Um menino nos nasceu; um Filho se nos deu, e Seu Nome será chamado Admirável, Conselheiro, Deus, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaias 9:5).

“Tu, Jehovah, nosso Pai, o Redentor desde o século é o Teu Nome” (Isaias 63:16).

“Jesus disse: Quem Me vê, vê Aquele Que Me enviou” (João 12:45).

“Se vós Me tivésseis conhecido, também teríeis conhecido o Pai, e desde agora O tendes conhecido e O tendes visto” (João 14:7).

“Filipe disse: Senhor, mostra-nos o Pai. Jesus lhe disse: Quem Me viu, viu o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai?” (João 14:8, 9).

“Jesus disse: o Pai e Eu somos um” (João 10:30).

“Todas as coisas que o Pai tem são Minhas” (João 16:15João 17:10).

“O Pai está em Mim e Eu estou no Pai” (João 10:38João 14:10, 11, 20).

“Que ninguém viu o Pai, senão o Filho Só que está no seio do Pai” (João 1:18, João 5:37, João 6:46).

Eis por que também Ele diz

“Que ninguém vem ao Pai senão por Mim” (João 14:6).

e que para vir ao Pai é por meio d'Ele, pela virtude d’Ele e n’Ele (João 6:56, João 14:20, João 15:4-6, João 17:19, 23).

Sobre a unidade de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, vejam-se as explicações que se encontram no MEMORÁVEL sob n. 962.

[9] II. Que SANTIFICADO SEJA O TEU NOME é invocar o Senhor e adorá-Lo nós o confirmamos por estas passagens:

“Quem não glorificará o Teu Nome, porque Tu Só és Santo” (Apocalipse 15:4). (Isso é dito do Senhor).

“Jesus disse: Pai, glorifica o Teu Nome; e saiu uma VOE do céu: E glorifiquei e glorificarei” (João 12:28).

(O Nome do Pai que é glorificado é o Divino Humano).

“Jesus disse: Eu venho em Nome de Meu Pai” (João 5:43). “Jesus disse: Quem receber este menino no Meu Nome, Me recebe: e quem Me receber recebe Aquele que Me enviou” (Lucas 9:48).

“Estas coisas foram escritas, para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que, crendo, tenhais a vida eterna no Nome d'Ele” (João 20:31).

“A todos que O receberam deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome” (João 1:12). “Tudo que pedirdes em Meu Nome, isto farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13, 14).

“Quem não crê já foi julgado, porque não creu no Nome do Unigénito Filho de Deus” (João 3:15, 16, 18).

“Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, aí estou no meio deles” (Mateus 18:19, 20).

“Jesus disse aos discípulos que pregassem em Nome d'Ele” (Lucas 24:47).

Além disso, em outros lugares, onde é mencionado “o Nome do Senhor”, pelo qual se entende o Senhor quanto ao Seu Humano, como em Mateus 7:22; 10:22; 18:5; 19:29; 24:9, 10, Marcos 11:10; 13:13; 16:17, Lucas 10:17; 19:38; 21:12, 17, João 2:23. Por essas passagens, é evidente que o Pai é santificado no Filho e pelos anjos e homens por intermédio do Filho e (é evidente também) que isso é “santificado seja o Teu Nome”, como está amplamente estabelecido em João 17:19, 21-23, 26.

[10] III. Que VENHA O TEU REINO significa que o Senhor reina, nós confirmamos por estas passagens:

“A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde então o Reino de Deus

éanunciado” (Lucas 16:16).

“João, pregando o evangelho do Reino, disse: Está cumprido o tempo;

o Reino de Deus está próximo” (Marcos 1:14, 15Mateus 3:2).

“Jesus Mesmo pregou o evangelho do Reino e que se aproximava o Reino de DeUs” (Mateus 4:17, 23, Mateus 9:35).

“Jesus ordenou aos discípulos que pregassem e evangelizassem o Reino de Deus” (Marcos 16:15, Lucas 8:1, Lucas 9:60).

Igualmente (Ele falou do Reino de Deus) aos setenta que Ele enviou (Lucas 10:9, 11).

(Além disso, em outros lugares, como Mateus 11:5, Mateus 16:27, 28, Marcos 8:35, Marcos 9:1, 47, Marcos 10:29, 30, Marcos 11:10, Lucas 1:19, Lucas 2:10, 11, Lucas 4:43, Lucas 7:22, Lucas 17:20, 21Lucas 21:30, 31, Lucas 22:18).

“O Reino de Deus” que era anunciado era o Reino do Senhor e, assim, o. Reino do Pai. Que seja assim, é evidente pelas seguintes passagens:

“O Pai deu todas as coisas na mão do Filho” (João 3:35).

“O Pai deu ao Filho poder sobre toda a carne” (João 17:2).

“Todas as coisas Me foram dadas pelo Pai” (Mateus 11:27).

“Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28:18).

E ainda mais pelas seguintes:

“Jehovah Zebaoth é o Seu Nome e o Redentor, o Santo de Israel; ser á chamado o Deus de toda a terra” (Isaías 54:5). “Vi, e eis como um Filho do Homem, a Quem foram dados domínio e glória e Reino, e todos os povos e nações O adorarão; Seu domínio um domínio eterno que não passará e Seu reino um reino que não perecerá” (Daniel 7:13, 14).

“Quando o sétimo anjo tocou a trombeta, foram produzidas grandes vozes no céu, dizendo: Os reinos do mundo se tornaram de Nosso Senhor e Seu Cristo e reinará nos séculos dos séculos” (Apocalipse 11:1512:10).

É desse Reino do Senhor que se trata no Apocalipse do princípio ao fim, ao qual devem vir todos aqueles que forem da Nova Igreja do Senhor, isto é, da Nova Jerusalém.

[11] IV. SEJA FEITA A TUA VONTADE COMO NO CÉU TAMBÉM NA TERRA.

Confirmamos isto com as seguintes passagens:

“Jesus disse; Esta é a vontade do Pai, que todo aquele que vê o Filho e crê n'Ele tenha a vida eterna” (João 6:40).

“Deus amou tanto o mundo que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:15, 16).

“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas quem não crê no Filho não verá a vida, mas a cólera de Deus permanece sobre ele” (João 3:36).

(Além disso, em outros lugares).

“Crer n’Ele” é dirigir-se a Ele e ter confiança que Ele salva, porque é o Salvador do mundo. Além disso, é sabido na Igreja que o Senhor Jesus Cristo reina no céu; Ele Mesmo também diz que o Seu Reino está lá. Quando, pois, o Senhor reina igualmente na Igreja, então “a vontade do Pai é feita como no céu também na terra”.

[12] “Finalmente, a essas coisas acrescentamos as que seguem.

Diz-se, em todo o mundo cristão, que os que são da Igreja fazem o corpo de Cristo e estão em Seu Corpo. Como, então, o homem da Igreja pode dirigir-se a Deus Pai senão por Aquele em cujo Corpo está? De outro modo, ele sairá inteiramente do corpo e se aproximará.

“Tendo ouvido essas e ainda muitas outras passagens da Palavra, os Armageddonios quiseram, aqui e ali, interromper nossas palavras e citar outras que o Senhor, em Seu estado de exinanição, dirigira a Seu Pai; mas, então, suas línguas aderiam ao céu da boca, porque não lhes era permitido contradizer a Palavra. Contudo, tendo, finalmente, sido soltos os freios de suas línguas, eles bradaram:

Falastes contra a doutrina de nossa Igreja, a qual é que Deus Pai deve ser invocado diretamente e que se deve crer n’Ele; assim vos tornastes culpados da violação de nossa fé. Por isso, saí daqui, e se não sairdes, sereis expulsos.

“E, com as mentes inflamadas, tentaram passar da ameaça à ação. Mas, então, com o poder que nos fora dado, nós os acometemos de cegueira.

Como resultado disso, eles, não podendo ver-nos, saíram precipitadamente para a planície, que era um deserto. E aqueles que, dentre eles, os meninos tinham visto pela janela como estátuas e

ídolos, diante dos quais todos os outros se ajoelhavam, são os que te apareceram como macacos sobre os cavalos.”

  
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Tradução de J. Lopes Figueiredo. EDITORA E LIVRARIA SWEDENBORG LTDA. Rua das Graças, 45 — Bairro de Fátima Rio de Janeiro — Brasil CEP 20240 1987