(Um comentário sobre João 21:15-25)

Na primeira parte deste capítulo, sete dos discípulos do Senhor tinham voltado para casa, para a Galileia. Eles tinham ido pescar, visto Jesus na praia, seguiram suas instruções para pescar no lado direito do barco, arrastaram uma rede carregada com 153 peixes para a praia, e... quando a segunda metade do capítulo começa, eles acabaram de quebrar seu jejum com Ele. Agora eles estão relaxando.

Jesus diz a Pedro: "Tu me amas?" e Pedro, talvez um pouco assustado com a pergunta, pensando que a resposta é óbvia, responde "sim", e Jesus responde: "Alimenta os meus cordeiros". Mais duas vezes esta sequência é repetida, mas com algumas mudanças. Depois desta conversa inusitada, o Senhor conta a todos uma pequena parábola sobre ser jovem e depois ser velho. Então o Senhor diz a Pedro para segui-lo, e Pedro, aparentemente invejoso, pergunta o que João deve fazer. O Senhor repreende suavemente o ciúme de Pedro dizendo: "Se este homem ficar até eu vir, o que é isso para você?", mas então Ele diz a João também para segui-lo.

Finalmente, o evangelho de João, e de fato a coleção de todos os quatro evangelhos, fecha com uma explicação de João de que ele é o autor deste evangelho.

Então agora, vamos olhar mais de perto para a conversa, a parábola e o surto de ciúmes.

Apenas dois dos sete discípulos, Pedro e João, são mencionados nesta parte da história. Pedro representa a fé, ou verdade, mas a verdade sobre coisas espirituais que nós realmente cremos são de Deus. João representa o bem, ou amor ao próximo. O primeiro reside na parte da compreensão da mente e o segundo na parte da vontade da mente.

Ao dizer a Pedro para alimentar Suas ovelhas, o Senhor está dizendo que segui-lo significa pregar as verdades que todos os discípulos agora sabem sobre o Senhor, Sua vinda, e sobre como uma vida deve ser conduzida, a fim de ser um seguidor do Senhor em uma nova igreja. Na conversa, o Senhor é direto e sondante. "Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?" Eu acho que se pergunta a Pedro se ele ama o Senhor, Jesus, mais do que ama seus amigos galileus, embora seja ambíguo, isso poderia significar "você me ama mais do que esses outros seis"? Quando Pedro responde pela primeira vez, diz: "Senhor, tu sabes que eu te amo".

Com esta primeira das três perguntas de sondagem, o Senhor responde "Apascenta os meus cordeiros", enquanto depois disso a resposta é "Apascenta as minhas ovelhas". Ovelhas e cordeiros representam ambos pessoas que gostam de fazer o bem, mas enquanto ovelhas significam aqueles que gostam de fazer o bem pelo bem do próximo, cordeiros significam aqueles que fazem o bem pelo bem do Senhor. O primeiro é o bem espiritual, e o segundo é mais elevado, e é chamado de bem celestial. Mas as pessoas que desejam fazer o bem a princípio não sabem o que é bom; elas precisam aprender isso da Palavra e ser ensinadas. É por isso que se diz a Pedro para "alimentá-los", o que é dizer que a verdade deve indicar como o bem deve ser feito. Para fazer coisas que são boas, a vontade é querer, e a compreensão é saber como fazer, deve ser conjugada. Para uma vida cristã bem sucedida, ou em maior escala, uma igreja cristã, 'Pedro' e 'João' devem trabalhar em harmonia.

Depois vem a parábola. "Quando eras jovem preparaste-te e fizeste o que querias por ti próprio. Mas quando ficares velho, tens de pedir ajuda e outro te levará para onde não queres ir."

Isto não parece encaixar aqui, mas é claro que encaixa, e de duas maneiras. A primeira maneira é dada no texto bíblico; é sobre a morte do Senhor, que todas as profecias o estavam levando à Sua crucificação, como é mencionado. O segundo caminho é uma lição para todos nós. Quando somos jovens, confiantes e fortes, sentimos que podemos fazer o que queremos e não precisamos de nenhuma ajuda. As tentações de fazer o mal com as quais nós mesmos podemos lidar. Mas quando ficamos mais sábios, percebemos que toda a nossa força vem do Senhor, e se continuarmos a depender apenas de nós mesmos, as tentações dos infernos serão muito fortes e seremos levados a fazer o que os infernos querem para nós, não o que queremos. Devemos aprender no início a seguir o Senhor e depender dEle. Isto ele diz no final da parábola, onde parece não caber até que entendamos a parábola. "E quando Ele disse isto, Ele disse-lhes: "Sigam-Me." Isso é o que precisamos fazer também.

Pedro está feliz em fazer esta pregação da verdade e talvez sinta que foi escolhido, mas também percebe que João também ama o Senhor e é amado em troca. Então ele pergunta: "E o que este homem deve fazer?". Parece que a harmonia necessária ainda não está presente, e que Pedro tem ciúmes do vínculo, e provavelmente espera ter certeza de que ele é o número um... mas isso não acontece. Dizem simplesmente a Pedro que não importa; ele precisa fazer o trabalho que lhe foi dado.

Lembro-me da história de Jacob e Esaú, em Gênesis 25, onde Esaú é o primogénito e herdará o direito de nascimento e a bênção de Isaac, como seu devido. Jacó por artesanato idealizado por sua mãe engana Isaac e rouba o que é de Esaú. Então ele foge para Padan-Aram e fica lá com seu tio e se torna rico. É somente na sua viagem de retorno que ele luta com o anjo e tem seu nome mudado para Israel, que ele reencontra Esaú. A mudança de nome significa que agora que Jacó é rico com a verdade da Palavra, agora com o encontro amigável com Esaú, também rico, que os dois gêmeos podem em parábola, ser fundidos em um só personagem, chamado Israel, significando a união do bem e da verdade na mente.

Esaú significa algo semelhante a João, ambos representam a bondade ou a verdadeira caridade. Jacó significa algo semelhante a Pedro, ambos representam a verdade aprendida com a Palavra. Qualquer aparente inimizade entre eles quanto ao que é mais importante pode torná-los ambos inúteis, e em uma pessoa que está se tornando angelical (como todos deveriam estar visando), não há inimizade. A verdade permite o bem, e o bem inspira a verdade para que se faça algo. Embora possamos pensar e falar deles separadamente, eles estão (perfeitamente no Senhor e menos nos anjos) unidos em uma unidade para serem vistos como casados. O casamento do bem divino do Senhor e da verdade divina é a origem de toda a criação. Sim, de toda a criação.

Este casamento do bem e da verdade, e a necessidade de ambos trabalharem em nossas vidas, em equilíbrio e harmonia, é um conceito central do Novo Cristianismo.

Nos Evangelhos, há apenas mais uma história que se passa depois desta. Nela, o resto dos discípulos se unem aos sete aqui mencionados para ouvir os últimos mandamentos do Senhor.

9806. 'And you, cause Aaron your brother to come near to you' means the joining of Divine Truth to Divine Good within the Lord's Divine Human. This is clear from the representation of Moses, the one here who was to cause Aaron to come near him, as the Lord in respect of Divine Truth, dealt with in 6752, 6771, 7014, 9372; from the meaning of 'drawing near' as a joining to and presence with, dealt with in 9378; from the representation of 'Aaron' as the Lord in respect of Divine Good, dealt with below; and from the meaning of 'brother' as good, dealt with in 3303, 3803, 3815, 4121, 4191, 5686, 5692, 6756. From all this it is evident that the words telling Moses that he should cause Aaron his brother to come near to him mean the joining of Divine Truth to Divine Good within the Lord, the reason why within His Divine Human is meant being that this was where that joining together had to take place. For the Lord had first to make His Human Divine Truth, then afterwards Divine Good, see the places referred to in 9199, 9315. The reason why Aaron was chosen to serve in the priestly office was that he was Moses' brother, and in this way the brotherly relationship of Divine Truth and Divine Good in heaven was at the same time represented. For as stated above, Moses represented Divine Truth and Aaron Divine Good.

[2] Everything throughout creation, both in heaven and in the world, has connection with good and with truth, to the end that it may be something. For good is the inner being (Esse) of truth, and truth is the outward manifestation (Existere) of good. Good without truth therefore cannot manifest itself, and truth without good has no real being. From this it is evident that they must be joined together. In the Word the two joined together are represented by a married couple or by two brothers, by a married couple when the heavenly marriage - the marriage of good and truth - and the succeeding generations which spring from that marriage, are the subject, and by two brothers when two kinds of ministry, namely those of judgement and worship, are the subject. Those who served as ministers of judgement were called judges, and at a later time kings, whereas those who served as ministers of worship were called priests. And since all judgement is arrived at through truth and all worship springs from good, truth founded on good is meant in the Word by 'judges', in the abstract sense, in which no actual person is envisaged; but truth from which good results is meant by 'kings', and good itself by 'priests'. So it is that in the Word the Lord is called Judge, also Prophet, as well as King, in places where the subject has reference to truth, but Priest where it has reference to good. He is in like manner called Christ, Anointed, or Messiah in places where the subject has reference to truth, but Jesus or Saviour where it has reference to good.

[3] It was on account of this brotherly relationship of the truth which belongs to judgement and the good which belongs to worship that Aaron, brother of Moses, was chosen to serve in the priestly office. The fact that 'Aaron' and 'his house' because of this mean good is clear in David,

O Israel, trust in Jehovah! He is their help and their shield. O house of Aaron, trust in Jehovah! He is their help and their shield. Jehovah has remembered us, He blesses [us]. He will bless the house of Israel, He will bless the house of Aaron. Psalms 115:9-10, 12.

In the same author,

Let Israel now say that His mercy [endures] to eternity; let the house of Aaron now say that His mercy [endures] to eternity. Psalms 118:2-3.

In the same author,

O house of Israel, bless Jehovah! O house of Aaron, bless Jehovah! Psalms 135:19.

'The house of Israel' stands for those with whom truths exist, 'the house of Aaron' for those with whom forms of good are present; for in the Word wherever truth is the subject so too is good, on account of the heavenly marriage, 9263, 9314. For the meaning of 'the house of Israel' as those with whom truths exist, see 5414, 5879, 5951, 7956, 8234.

In the same author,

Jehovah sent Moses His servant, Aaron whom He chose. Psalms 105:26.

Moses is called a servant because 'servant' is used in regard to truths, 3409, whereas one chosen or elected has regard to good, 3755 (end).

[4] In the same author,

Behold, how good and pleasant it is for brothers to dwell also together! It is like the good oil upon the head running down onto the beard, the beard of Aaron, which runs down over the collar ¹ of his garments. Psalms 133:1-3.

Anyone who does not know what 'brother' means, nor what 'oil', 'the head', 'the beard', and 'garments' mean, nor also what 'Aaron' represents, can have no understanding of why such things have been compared to brothers who dwell together. For what similarity is there between oil running from Aaron's head down onto his beard, then onto his garments, and the unanimity of brothers? But the similarity in the comparison is evident from the internal sense, in which the flow of good into truths is the subject and is described by their brotherliness. For 'the oil' means good, 'Aaron's head' the inmost level of good, 'the beard' the very outermost level of it, 'garments' truths, and 'running down' a flowing in. From this it is plain that those words mean the flow, from inner to outer levels, of good into truths, and a joining together there. Without the internal sense how can anyone see that those words hold these heavenly matters within them? For the meaning of 'oil' as the good of love, see 886, 4582, 4638, 9780, and for that of 'the head' as what is inmost, 5328, 6436, 7859, 9656. The fact that 'the beard' means what is the very outermost is evident in Isaiah 7:20; 15:2; Jeremiah 48:37; and Ezekiel 5:1. For the meaning of 'garments' as truths, 2576, 4545, 4763, 5319, 5954, 6914, 6917, 9093, 9212, 9216; and for the representation of 'Aaron' as celestial good, see above.

[5] Seeing that Aaron was chosen to serve in the priestly office, thus to administer the most sacred things, people can understand what the situation was with representations in the Jewish Church. No attention was paid to the person who represented, only to the thing represented by that person. Thus something holy, indeed most holy, could be represented by persons who were inwardly unclean, indeed idolatrous, provided that outwardly they had an air of holiness when engaged in worship. The fact that Aaron was one such person becomes clear from the following details in Moses,

Aaron took the gold from the hands of the children of Israel, and fashioned it with a chisel, and made out of it a molded calf. And Aaron built an altar in front of it, and Aaron made a proclamation and said, Tomorrow there will be a feast to Jehovah. Exodus 32:4-5, 25.

And elsewhere in the same author,

Jehovah was greatly moved with anger against Aaron and would have destroyed him; ² but I prayed for Aaron also at that time. Deuteronomy 9:20.

As regards the representatives of the Church among the Israelite and Jewish nation, that no attention was paid to the persons, only to the actual things represented, see the places referred to in 9229.

Notas a pie de página: