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Ezequiel 4:17

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17 até que lhes falte o pão e a água, e se espantem uns com os outros, e se definhem na sua iniqüidade.

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Doutrina Do Senhor #64

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64. Que por "Jerusalém", na Palavra, se entenda a igreja quanto à doutrina, a razão é que na terra de Canaan, e não em outra parte, havia o templo, o altar, faziam-se ali os sacrifícios e, assim, o culto Divino. Por isso também três festas eram celebradas ali todos os anos, e ali todo macho da terra devia comparecer. Daí vem que por "Jerusalém" é significada a igreja quanto ao culto, e daí, também, a igreja quanto à doutrina, pois o culto é prescrito na doutrina e se faz segundo a doutrina. Depois também, porque o Senhor esteve em Jerusalém e ensinou em seu templo e, em seguida, ali glorificou o Seu Humano. Além disso, pela "cidade", na Palavra, em seu sentido espiritual, é significada a doutrina; assim, pela "cidade santa", a doutrina da Divina Verdade proveniente do Senhorxix.

[2] Que "Jerusalém" signifique a igreja quanto à doutrina, é evidente também por outras passagens na Palavra, como pelas seguintes. Em Isaías:

"Por causa de Sião, não [Me] calarei, e por causa de Jerusalém não Me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor e a sua salvação como uma lâmpada acesa. Então as nações verão a tua justiça, e todos os reis a tua glória. E chamar-te-ão por um nome novo, que a boca de Jehovah designará. E serás uma coroa de ornamento na mão de Jehovah e um diadema real na mão de teu Deus. ... Jehovah Se agradará em Ti, e a tua terra será casada. ... Eis, a tua salvação vem, eis que vem com Ele a Sua recompensa. E chamar-lhes-ão: Povo de santidade, Redimidos de Jehovah; e tu serás chamada: Cidade procurada, não deserta" (Isaías 62:1-4, 11-12).

Trata-se, em todo esse capítulo, do advento do Senhor e de uma nova igreja que deve ser instaurada por Ele. Essa nova igreja é que se entende por "Jerusalém", a qual "será chamada por um nome novo que a boca de Jehovah designará" e, também, que "será uma coroa de ornamento na mão de Jehovah, e um diadema real na mão de Deus", da qual Jehovah Se agrada, e que será chamada "cidade procurada, não deserta." Por estas expressões não pode ser entendida a Jerusalém habitada pelos judeus quando o Senhor veio ao mundo, pois essa era totalmente o contrário; essa era mais para ser chamada Sodoma, como, de fato, é chamada no Revelação 11:8. Vide também Isaías 3:9; Jeremias 23:14; Ezequiel 16:46, 48.

[3] Em outra passagem, em Isaías:

"Eis que crio um novo céu, e uma nova terra... não serão lembrados os anteriores. ... Alegrai-vos e exultai eternamente pelo que Eu crio. ... Eu hei de criar Jerusalém em exultação, e o povo seu em alegria, para que exultem sobre Jerusalém, e Meu povo se alegre. ... Então o lobo e o cordeiro pastarão juntos... não farão o mal... em todo o monte de Minha santidade" (Isaías 65:17-19, 25).

Também nesse capítulo se trata do advento do Senhor e da igreja que deve ser instaurada por Ele. Ela não é instaurada com aqueles que estão em Jerusalém, mas com aqueles que estavam fora dela. Por isso essa igreja é entendida por "Jerusalém", que será exultação ao Senhor, e cujo povo será Sua alegria. "Então o lobo e o cordeiro pastarão juntos, e onde não farão mal." Aqui também se diz, da mesma maneira que no Apocalipse, que o Senhor há de criar um novo céu e uma nova terra, pelo que são entendidas coisas semelhantes, e também se diz que criará "Jerusalém."

[4] Em outra passagem, em Isaías:

"Desperta, desperta, veste-te de tua força, ó Sião. Veste os vestidos de teu ornamento, Jerusalém, cidade de santidade. Porque não acontecerá mais que venha a ti nem incircunciso nem imundo. Sacode de ti o pó, levanta-te, assenta-te, ó Jerusalém. ... Meu povo conhece o Meu nome... pois naquele dia Eu [serei] aquele que fala: Eis-Me aqui. ... Jehovah consolou o Seu povo, redimiu Jerusalém" (Isaías 52:1-2, 6, 9).

Também nesse capítulo se trata do advento do Senhor e da igreja que deve ser instaurada por Ele. Por isso, por "Jerusalém", que o Senhor redimiu, à qual não virá mais o incircunciso e o imundo, entende-se a igreja; e por "Jerusalém, cidade de santidade", a igreja quanto à doutrina sobre o Senhor.

[5] Em Sofonias:

"Jubila, ó filha de Sião;... alegra-te... de todo o coração, ó filha de Jerusalém; o rei de Israel... no meio de ti; não temas mais o mal. ... Alegrar-se-á sobre ti com regozijo, aquietar-se-á no teu amor, exultará sobre ti com júbilo. ... Dar-vos-ei por nome e por louvor de todos os povos da terra" (Sofonias 3:14-17, 20).

Semelhantemente, aí se trata do Senhor e da igreja que vem d'Ele, sobre a qual o Rei de Israel, que é o Senhor, "alegrar-Se-á com regozijo", "exultará com júbilo" e "em cujo amor Se aquietará" e a qual "dará por nome e louvor de todos os povos da terra."

[6] Em Isaías:

"Assim disse Jehovah, teu Redentor e teu Formador: ... dizendo de Jerusalém: Serás habitada; e das cidades de Judá: Sereis edificadas" (Isaías 44:24, 26).

E em Daniel:

"Sabe... e percebe, da saída da palavra para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Príncipe Messias, sete semanas" (Daniel 9:25).

É evidente que por "Jerusalém" aí se entende também a igreja, uma vez que ela seria restaurada e edificada pelo Senhor, mas não a Jerusalém morada dos judeus.

[7] Por "Jerusalém" se entende a igreja vinda do Senhor também nas passagens seguintes. Em Zacarias:

"Assim disse Jehovah: Voltarei para Sião, e habitarei no meio de Jerusalém; será chamada Jerusalém, cidade da verdade; e o monte de Jehovah Zebaoth, o Monte da santidade" (Zacarias 8:3, 20-23).

Em Joel:

"Então conhecereis que Eu [sou] Jehovah, vosso Deus, Que habito em Sião, monte da santidade... e Jerusalém será santidade; ... e acontecerá naquele dia que os montes destilarão mosto, e os outeiros fluirão leite; ... e Jerusalém permanecerá de geração em geração" (Joel 3:17-20).

Em Isaías:

"Naquele dia será o renovo de Jehovah será por ornamento e glória... e acontecerá que o remanescente de Sião, e o restante de Jerusalém será chamado santo; ... todos os inscritos para a vida em Jerusalém" (Isaías 4:2-3).

Em Miquéias:

"No fim dos dias o monte da casa de Jehovah será constituído na cabeça dos montes; ... porque de Sião sairá a doutrina, e a palavra de Jehovah, de Jerusalém; ... virá a ti o primeiro reino, o reino da filha de Jerusalém" (Miquéias 4:1-2, 8).

Em Jeremias:

"Naquele tempo, chamarão Jerusalém: O trono de Jehovah; e de todas as nações se congregarão... em nome de Jehovah, em Jerusalém; e não andarão mais após a confirmação de seus maus corações" (Jeremias 3:17).

Em Isaías:

"Olha para Sião, a cidade de nossas festas marcadas; teus olhos verão Jerusalém, habitáculo tranqüilo, tabernáculo que não será dissipado; suas estacas não serão removidas jamais, e todas as suas cordas não serão arrancadas" (Isaías 33:20).

Depois, também, em outras passagens, como Isaías 24:23; Isaías 37:32; Isaías 66:10-14; Zacarias 12:3, 6, 8-10; Zacarias 14:8, 11-12, 21; Malaquias 3:1, 4; Salmos 122:1-7; Salmos 137:5-6.

[8] Por "Jerusalém", nessas passagens, entende-se a igreja, que devia ser instaurada pelo Senhor e também tem sido instaurada. Não se trata da Jerusalém na terra de Canaan e habitada pelos judeus. Isso pode ser visto também pelas passagens, na Palavra, onde se diz dela que estava inteiramente perdida e que seria destruída. Como em Jeremias 5:1; Jeremias 6:6-7; Jeremias 7:17, 20, etc.; Jeremias 8:5-7, etc.; Jeremias 9:10-11, 13, etc.; Jeremias 13:9-10, 14; Jeremias 14:16; Lamentações 1:8-9, 15, 17; Ezequiel 4:1; Ezequiel 5:9-17; Ezequiel 12:18-19; Ezequiel 15:6-8; Ezequiel 16:2-3; Ezequiel 23:4; Mateus 23:33, 37, 39; Lucas 19:41-44; Lucas 21:20-22; Lucas 23:28-30, e muitas outras passagens.

  
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Divina Providência #264

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264. (ii.) Pode-se levantar dúvida contra a Divina Providência pelo fato de que até aqui se ignorou que em cada uma das coisas da Palavra existe um sentido espiritual e que a santidade da Palavra venha daí. De fato, pode-se levantar dúvida contra a Divina Providência, dizendo-se: "Por que isso é revelado só agora? E por que isso se faz por este ou por aquele, e não por algum primaz da igreja?" Mas, quer tenha sido por um primaz ou por um servo do primaz, isso pertence ao beneplácito do Senhor. Ele sabe quem é um e quem é outro. A razão, porém, por que esse sentido da Palavra não foi revelado antes é: Primeiro: Porque se o fosse antes, a igreja tê-lo-ia profanado e, por ele, a santidade da Palavra. Segundo: Porque o Senhor não revelou a doutrina do vero genuíno, na qual está o sentido espiritual da Palavra, antes que fosse efetuado o Juízo Final e uma nova igreja, que se entende pela Santa Jerusalém, fosse instaurada pelo Senhor. Mas isso será examinado separadamente.

[2] Primeiro: Que o sentido espiritual da Palavra não tenha sido revelado antes, porque, se o fosse, a igreja tê-lo-ia profanado e, por aí, a santidade da Palavra. Não muito depois de sua instauração, a igreja tornou-se Babilônia e, depois, Filístia. A Babilônia até reconhece a Palavra, porém a despreza, dizendo que o Espírito Santo os inspira no seu juízo supremo, tal como inspirou os profetas. Que reconheçam a Palavra, é por causa do vicariato estabelecido pelas palavras do Senhor a Pedro. Mas que, todavia, a desprezem, é porque ela não concorda com eles. Por isso ela foi tirada do povo e encerrada nos mosteiros, onde poucos a leem. Por conseguinte, se o sentido espiritual da Palavra, no qual está o Senhor e, ao mesmo tempo, toda a sabedoria angélica, fosse desvendado, a Palavra teria sido profanada não só quanto aos seus últimos – que são as coisas contidas no sentido da letra – como ocorreu, mas também quanto aos seus íntimos.

[3] A 'Filístia', pela qual se entende a fé separada da caridade, também teria profanado o sentido espiritual da Palavra, porquanto põe a salvação em algumas palavras que se pensam e pronunciam e não nos bens que se fazem, como se mostrou anteriormente, pelo que faz salvífico o que não é salvífico, além de remover o entendimento das coisas em que se deve crer. O que eles têm em comum com a luz em que está o sentido espiritual da Palavra? Acaso não foi mudada em trevas? Quando se muda o sentido natural em trevas, o que não se fará ao sentido espiritual? Dentre eles, quem se confirmou na fé separada da caridade e na justificação por ela só, acaso quer saber o que é o bem da vida, o que é o amor ao Senhor e para com o próximo, o que é a caridade e o bem da caridade, o que são as boas obras, o que é praticar, e mesmo o que é a fé em sua essência e algum vero genuíno que a constitui? Escrevem-se volumes e confirma-se somente aquilo a que chamam fé, e dizem ser inerentes a essa fé todas as coisas aqui citadas. Por aí é evidente que, se o sentido espiritual da Palavra tivesse sido desvendado, aconteceria conforme as Palavras do Senhor em Mateus:

"Se teu olho for mau, todo o corpo será tenebroso; se pois a luz que há em ti se torna trevas, quão grandes trevas serão" (Mateus 6:23);

pelo 'olho', no sentido espiritual da Palavra, entende-se o entendimento.

[4] Segundo: Que os veros genuínos, nos quais está o sentido espiritual da Palavra, não tenham sido revelados anteriormente pelo Senhor, antes que uma nova igreja, que se entende pela Santa Jerusalém, fosse por Ele instaurada. Foi predito pelo Senhor, no Apocalipse, que depois de o Juízo Final ter-se realizado, os veros genuínos seriam desvendados, uma nova igreja seria instaurada e o sentido espiritual seria revelado. Que o Juízo Final tenha sido realizado mostrou-se no opúsculo Do Juízo Final e, em seguida, em sua Continuação. E que isso se entenda pelo céu e a terra que passariam, no Apocalipse 21:1. Que os veros genuínos seriam então desvendados, foi predito por estas palavras no Apocalipse:

"Disse Aquele que Se assenta no trono: Eis que faço novas todas as coisas" Revelação 21:5; 19:17-18; 21:18-21; 22:1-2).

Que então o sentido espiritual da Palavra seria revelado, Revelação 19:11-16. Isto se entende pelo "cavalo branco" sobre o qual Se assentava Aquele que foi chamado Palavra de Deus e que era Senhor dos senhores e Rei dos reis. Sobre isso, vide o opúsculo Do Cavalo Branco. Que pela 'santa Jerusalém' se entenda a Nova Igreja que então foi instaurada pelo Senhor, vê-se na Doutrina da Nova Jerusalém sobre o Senhor 62-65, onde isso foi mostrado.

[5] Por aí é agora evidente que o sentido espiritual da Palavra seria revelado para a Nova Igreja, que reconhecerá e adorará o Senhor somente, considerará santa a Sua Palavra, amará os Divinos veros e rejeitará a fé separada da caridade. Mas, muitas coisas sobre esse sentido da Palavra se veem na Doutrina da Nova Jerusalém sobre a Escritura Santa 5-26 e seq. e, ali, o que é o sentido espiritual, Doutrina da Nova Jerusalém sobre a Escritura Santa 5-26; que há um sentido espiritual em todas e cada uma das coisas da Palavra, Doutrina da Nova Jerusalém sobre a Escritura Santa 9-17; que é por esse sentido que a Palavra do Senhor é divinamente inspirada e santa em cada vocábulo, Doutrina da Nova Jerusalém sobre a Escritura Santa 18, 19; que o sentido espiritual tenha sido até aqui ignorado, e por que não foi revelado antes, Doutrina da Nova Jerusalém sobre a Escritura Santa 20-25; que doravante o sentido espiritual a ninguém será dado, senão a quem estiver nos veros genuínos pelo Senhor, Doutrina da Nova Jerusalém sobre a Escritura Santa 26.

[6] Por estas explicações pode-se agora ver que é da Divina Providência do Senhor que o sentido espiritual permaneceu oculto ao mundo até este século, estando entrementes reservado no céu, com os anjos, do qual eles tiram sua sabedoria. Esse sentido foi conhecido e também cultivado entre os antigos que viveram antes de Moisés. Mas como os descendentes deles transformaram as correspondências em várias idolatrias e, no Egito, em magias, pela Divina Providência do Senhor esse sentido foi vedado, primeiro aos filhos de Israel e, depois, aos cristãos pelas razões de que se falou acima, e agora é aberto pela primeira vez para a Nova Igreja do Senhor.

  
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Divina Providência, por Emanuel Swedenborg. Publicado em latim em Amsterdã no ano de 1764. Do latim Sapientia Angelica de Divina Providentia. Tradução: Cristóvão Rabelo Nobre, Revisão: Jorge de Lima Medeiros