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Jonas 1

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1 Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:

2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.

3 Jonas, porém, levantou-se para fugir da presença do Senhor para Társis. E, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, da presença do Senhor.

4 Mas o Senhor lançou sobre o mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, de modo que o navio estava a ponto de se despedaçar.

5 Então os marinheiros tiveram medo, e clamavam cada um ao seu deus, e alijaram ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem; Jonas, porém, descera ao porão do navio; e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono.

6 O mestre do navio, pois, chegou-se a ele, e disse-lhe: Que estás fazendo, ó tu que dormes? Levanta-te, clama ao teu deus; talvez assim ele se lembre de nós, para que não pereçamos.

7 E dizia cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para sabermos por causa de quem nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas.

8 Então lhe disseram: Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és tu?

9 Respondeu-lhes ele: Eu sou hebreu, e temo ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca.

10 Então estes homens se encheram de grande temor, e lhe disseram: Que é isso que fizeste? pois sabiam os homens que fugia da presença do Senhor, porque ele lho tinha declarado.

11 Ainda lhe perguntaram: Que te faremos nós, para que o mar se nos acalme? Pois o mar se ia tornando cada vez mais tempestuoso.

12 Respondeu-lhes ele: Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se vos aquietará; porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade.

13 Entretanto os homens se esforçavam com os remos para tornar a alcançar a terra; mas não podiam, porquanto o mar se ia embravecendo cada vez mais contra eles.

14 Por isso clamaram ao Senhor, e disseram: Nós te rogamos, ó Senhor, que não pereçamos por causa da vida deste homem, e que não ponhas sobre nós o sangue inocente; porque tu, Senhor, fizeste como te aprouve.

15 Então levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.

16 Temeram, pois, os homens ao Senhor com grande temor; e ofereceram sacrifícios ao Senhor, e fizeram votos.

17 Então o Senhor deparou um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.

From Swedenborg's Works

 

Arcanos Celestes #1343

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1343. Que ‘Éber’ tenha sido uma nação de que a nação hebreia, como de seu pai, foi nomeada, e que por ela seja significado o culto da segunda Igreja Antiga no geral, vê-se pelos Livros Históricos da Palavra, onde essa nação é muitas vezes mencionada. A partir dessa nação, porque ali havia começado um culto novo, todos que tinham tido um culto similar foram chamados ‘hebreus’. O culto deles foi qual depois o restaurado entre os pósteros de Jacó; e o principal de seu culto consistia nisto: que eles tenham chamado seu Deus de JEHOVAH e que tenham tido sacrifícios. A Antiquíssima Igreja reconheceu unanimemente o Senhor e O chamou JEHOVAH, como se vê também desde os primeiros capítulos do Gênesis e em outros lugares na Palavra. A Antiga Igreja, isto é, a que existiu depois do dilúvio, reconheceu também O Senhor e O chamou JEHOVAH; principalmente aqueles que tiveram o culto interno e que foram chamados ‘filhos de Sem’; os outros, que estiveram num culto externo, reconheceram também JEHOVAH e O adoraram; quando, porém, o culto interno se tornou externo, e mais ainda, quando ele se tornou idolátrico, e que cada nação começou a ter seu deus a quem adorava, a nação hebreia reteve o nome de JEHOVAH, e chamou o seu Deus de JEHOVAH, e nisso é que ela se distinguiu das outras nações.

[2] Os pósteros de Jacó, no Egito, com o culto externo, também perderam isto, que o seu Deus se chamava JEHOVAH, e até o próprio Moisés; por isso, antes de todas as coisas, foram instruídos que JEHOVAH era o Deus dos hebreus, e o Deus de Abrahão, de Isaque e de Jacó, como se pode ver por estas passagens em Moisés:

“JEHOVAH disse a Moisés: Entrarás tu e os anciãos de Israel para o rei do Egito e lhe dirás: JEHOVAH, o Deus dos hebreus, vem diante de nós; e agora peço-te [que] vamos o caminho de três dias no deserto e [que] nós sacrifiquemos a JEHOVAH, nosso Deus” (Êxodo 3:18).

No mesmo:

“Disse o faraó: Quem é JEHOVAH, cuja voz escutarei para deixar Israel? Não conheço JEHOVAH e também a Israel não deixarei ir. E disseram: O Deus dos hebreus veio diante de nós, peço-te, que vamos o caminho de três dias no deserto e sacrifiquemos a JEHOVAH, nosso Deus ...” (Êx. 5:2, 3).

[3] Que os pósteros de Jacó tenham perdido, no Egito, junto com o culto, também o nome de JEHOVAH, pode-se ver por estas palavras em Moisés:

“Disse Moisés a Deus: Eis que quando eu vier para com os filhos de Israel e lhes disser: O Deus dos vossos pais me enviou a vós; e se me disserem: Qual é o nome d’Ele? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: [Eu] Sou O Que Sou. E disse: Assim dirás aos filhos de Israel: [Eu] Sou me enviou a vós. E disse mais Deus a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: JEHOVAH, o Deus de vossos pais, o Deus de Abrahão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, enviou-me a vós, este é o Meu nome na eternidade, ...” (Êxodo, 3:13-15).

[4] Vê-se, por isso, que Moisés também tinha ignorado o nome de JEHOVAH, e que se distinguiam das outras nações pelo nome ‘JEHOVAH, Deus dos hebreus’; por isso também em outras passagens JEHOVAH é chamado ‘o Deus dos hebreus’:

“Dirás a faraó: JEHOVAH, o Deus dos hebreus, enviou-me a ti” (Êxodo, 7:16);

“Entra para [casa do] faraó e fala-lhe: Assim disse JEHOVAH, o Deus dos hebreus” (Êxodo, 9:1, 13);

“Entrou Moisés e Aharão para [casa do] faraó e disseram-lhe: Assim disse JEHOVAH, o Deus dos hebreus” (Êxodo, 10:3).

Em Jonas:

“Hebreu eu [sou], e a JEHOVAH, o Deus dos céus, eu temo” (Jonas 1:9).

Então também em Samuel:

“Ouviram os filisteus a voz da aclamação e disseram: Qual [é] a voz dessa aclamação grande no campo dos hebreus? E conheceram que a arca de JEHOVAH viera ao campo. Os filisteus disseram: Ai de nós! Quem nos livrará da mão desses deuses magníficos? Esses [são] aqueles deuses que feriram os egípcios de toda a praga no deserto. Filisteus, sede varões, para que não sejais servos dos hebreus!” (1Sm. 4:6, 8, 9);

aí é também evidente que as nações se distinguiam pelos deuses que os nomeassem, e que a nação hebreia, por JEHOVAH.

[5] Que os sacrifícios constituíram o segundo essencial do culto da nação hebreia, é também evidente pelas passagens referidas acima (Êxodo 3:18; 5:2, 3), e então a partir disto: que os egípcios tinham em abominação a nação hebreia por causa desse culto, como se vê a partir disto em Moisés:

“Disse Moisés: Não [é] reto fazer assim, porque [é] abominação dos egípcios o sacrificarmos a JEHOVAH, nosso Deus; eis que, se sacrificássemos a abominação dos egípcios aos olhos deles, não nos apedrejariam eles?” (Êxodo, 8:26).

Razão também por que os egípcios tinham em abominação a nação hebreia, tanto que nem queriam comer o pão com eles (Gênesis 43:32). Daí é ainda evidente que a posteridade de Jacó não formava sozinha a nação hebreia, mas essa nação se compunha de todos que tiveram tal culto; é também por isso que a terra de Canaã é denominada a terra dos hebreus, no tempo de José:

“José disse: Por furto fui subtraído da terra dos hebreus” (Gênesis 40:15).

[6] Que tenha havido sacrifícios entre os idólatras na terra de Canaã, pode-se ver em grande número de passagens; com efeito, eles sacrificavam aos seus deuses, aos bahals e aos outros. Além disso, vê-se que Balaão, que era da Síria, onde Éber esteve, ou donde proveio a nação hebreia (antes que os pósteros de Jacó viessem para terra de Canaã), ofereceu não apenas sacrifícios, mas também chamou a JEHOVAH, seu Deus. Que Balaão [era] da Síria, donde provinha a nação hebreia (Números 23:7); que ele ofereceu sacrifícios (Números 22:39, 40; 23:1, 2, 3, 14, 29); que ele chamou JEHOVAH de seu Deus (Números 22:18); e em muitos outros lugares. Que, a respeito de Noé (cap. 8:20), se diga que ele ofereceu holocaustos a JEHOVAH, não é isso um histórico verdadeiro, mas um histórico composto, porque pelos holocaustos é significado aquilo que é santo do culto, como ali se vê. A partir disso, fica claro o que é significado por Éber ou pela nação hebreia.

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém