The Bible

 

Gênesis 6

Study

   

1 Sucedeu que, quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas,

2 viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.

3 Então disse o Senhor: O meu Espírito não permanecerá para sempre no homem, porquanto ele é carne, mas os seus dias serão cento e vinte anos.

4 Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antigüidade.

5 Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente.

6 Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração

7 E disse o Senhor: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito.

8 Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.

9 Estas são as gerações de Noé. Era homem justo e perfeito em suas gerações, e andava com Deus.

10 Gerou Noé três filhos: Sem, Cão e Jafé.

11 A terra, porém, estava corrompida diante de Deus, e cheia de violência.

12 Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.

13 Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra.

14 Faze para ti uma arca de madeira de gôfer: farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora.

15 Desta maneira a farás: o comprimento da arca será de trezentos côvados, a sua largura de cinqüenta e a sua altura de trinta.

16 Farás na arca uma janela e lhe darás um côvado de altura; e a porta da arca porás no seu lado; fá-la-ás com andares, baixo, segundo e terceiro.

17 Porque eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do céu, toda a carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará.

18 Mas contigo estabelecerei o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos.

19 De tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo; macho e fêmea serão.

20 Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida.

21 Leva contigo de tudo o que se come, e ajunta-o para ti; e te será para alimento, a ti e a eles.

22 Assim fez Noé; segundo tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.

   

From Swedenborg's Works

 

Arcanos Celestes #716

Study this Passage

  
/ 10837  
  

716. Que por 'sete' sejam significadas as coisas santas, vê-se pelo que foi dito anteriormente a respeito do sétimo dia ou sábado, 84-87, a saber, que o Senhor é o Sétimo Dia e, por Ele, todo celestial da igreja, ou o homem, até o celeste mesmo, é santíssimo porque é do Senhor somente. Assim, 'sete', na Palavra, significa o que é santo. De fato, no sentido interno absolutamente nada há do que procede do número, como aqui, pois os que estão no sentido interno, como os anjos e os espíritos angélicos, sequer sabem o que é número, por conseguinte, o que é sete. Por isso, aqui não significa jamais que de toda besta limpa deveriam ser tomados sete pares, ou ter tanto de bem relativamente ao mal, como sete para dois, mas que as coisas voluntárias, em que foi instruído aquele homem da igreja, fossem bens, que são santos, pelos quais pudesse ser regenerado, como se disse antes.

[2] Que 'sete' signifique o que é santo ou as coisas santas, pode-se ver pelos rituais na igreja representativa, em que o número septenário ocorre tantas vezes, tal como 'que se espargisse sete vezes do sangue e o óleo', como no Levítico:

"Tomou Moisés o óleo da unção e ungiu o habitáculo e todas as coisas que nele havia, e o santificou; e espargiu dele sobre o altar sete vezes, e ungiu o altar e todos os seus vasos para santificá-los" (Levítico 8:10-11), onde 'sete vezes' não significariam absolutamente outra coisa se assim não fosse representado o que é santo. O 'óleo' ali significa o santo do amor. E em outra passagem:

"Quando Aarão entrasse no [lugar] santo, tomasse do sangue do bezerro e espargisse com seu dedo sobre as faces do propiciatório para o oriente, e para as faces do propiciatório espargisse sete vezes do sangue com seu dedo";

Semelhantemente, para o altar,

"Espargisse sobre ele do sangue com seu dedo sete vezes, e limpá-lo-ia, e santificá-lo-ia" (Levítico 16:14, 19),

Em que todas e cada uma das coisas significam o Senhor mesmo, por conseguinte o santo do amor, a saber, tanto o 'sangue' quanto o 'propiciatório', como também o 'altar' e depois o 'oriente' para o qual seria espargido o sangue, e, por consequência, também 'sete'.

[3] Nos sacrifícios ocorria de modo semelhante, sobre os quais se lê no Levítico:

"Se uma alma tiver pecado por erro, e se o sacerdote ungido tiver pecado para reação do povo, matará um bezerro perante Jehovah, e o sacerdote tingirá o seu dedo no sangue e espargirá do sangue sete vezes perante Jehovah para o véu do [lugar] santo" (Levítico 4:2-4, 6), onde, semelhantemente, 'sete' significa o que é santo, porque se trata da expiação, que é somente do Senhor e, assim, trata-se do Senhor. Coisas similares foram também instituídas a respeito da purificação da lepra, de que se trata no Levítico:

"Do sangue da ave [volucris], da madeira de cedro, do escarlate e do hissope, o sacerdote espargirá sete vezes sobre o que deve ser limpo da lepra, e limpá-lo-á; semelhantemente do óleo, que está sobre a sua mão esquerda, sete vezes perante Jehovah; semelhantemente na casa onde houver lepra, da madeira do cedro, o hissope e o escarlate, e do sangue da ave espargirá sete vezes" (Levítico 14:6-7, 27, 51), onde qualquer um pode ver que nada há na madeira de cedro, no escarlate, no hissope, no óleo, no sangue da ave, assim, tampouco no numeral sete, a não ser que desse modo por eles fossem representadas as coisas santas. Se tirares daí as coisas santas, resta o que é morto ou um idolátrico profano. Mas, quando são significadas coisas santas, então o culto aí é Divino, que é interno e somente representado pelos externos. Os judeus nem mesmo puderam saber o que elas significaram – assim como ninguém sabe hoje o que significa a madeira de cedro, o hissope, o escarlate e a ave – embora se somente quisessem pensar que envolviam coisas santas que eles desconheciam e, assim, adorassem o Senhor ou o Messias que viria, que o sararia de sua 'lepra', isto é, da profanação do santo, teriam podido ser salvos. Pois os que assim pensam e creem, na outra vida são logo instruídos, se o desejarem, quanto ao que todas e cada uma das coisas tinham representado.

[4] Semelhantemente, a respeito da 'vaca vermelha':

"Que o sacerdote tomasse do sangue com seu dedo e espargisse do seu sangue sete vezes para as faces da tenda da aliança" (Números 19:4).

Porque 'sete dias' ou 'sábado' significava o Senhor e, por Ele, o homem celeste e o celeste mesmo, o sétimo dia na Igreja Judaica era santíssimo, mais do que todos os ritos; daí o 'sábado dos sábados no ano sétimo' (Números 25:4), depois o 'jubileu, que seria proclamado após sete sábados dos anos, ou após sete vezes sete anos' (Números 25:8-9). Que 'sete' no sentido supremo signifique o Senhor e, assim, o santo do amor, pode-se ver também pelo castiçal de ouro e suas sete lâmpadas, de que se trata em Êxodo 25:31-33, 37; Êxodo 37:17-19, 23; Números 8:2-3; Zacarias 4:2 e de que também se trata assim em João:

"Sete castiçais de ouro; no meio dos sete castiçais, Um semelhante a Filho do homem" (Revelação 1:12-13), onde se vê claramente que o 'castiçal com as sete lâmpadas' significa o Senhor, e que as 'lâmpadas' são as coisas santas do amor, ou celestes, pelo que também eram sete.

[5] E no mesmo:

"Do trono saíam sete lâmpadas de fogo, ardentes diante do trono, que são os sete espíritos de Deus" (Revelação 4:5).

Aqui, as 'sete lâmpadas' [lampades] que saíam do trono do Senhor são as sete lâmpadas [lucernae]. Dá-se de modo semelhante onde o número septenário ocorre nos Profetas, como em Isaías:

"Será a luz da lua como a luz do sol, e a luz do sol será sétupla, como a luz de sete dias, no dia em que Jehovah ligará a fratura de Seu povo" (Isaías 30:26), onde a 'luz sétupla como a luz de sete dias' não significa jamais o sétuplo, mas o santo do amor significado pelo 'sol'. Veja-se, também, o que foi dito e mostrado anteriormente a respeito do número septenário, cap. 4, vers. 15. Por aí também se vê claramente que os números na Palavra, onde quer que ocorram, nunca significam números, como se mostrou antes, também, no capítulo 6, versículo 3.

  
/ 10837  
  

Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém