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Gênesis 15

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1 Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será grandíssimo.

2 Então disse Abrão: Ó Senhor Deus, que me darás, visto que morro sem filhos, e o herdeiro de minha casa é o damasceno Eliézer?

3 Disse mais Abrão: A mim não me tens dado filhos; eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro.

4 Ao que lhe veio a palavra do Senhor, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que sair das tuas entranhas, esse será o teu herdeiro.

5 Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência.

6 E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça.

7 Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para te dar esta terra em herança.

8 Ao que lhe perguntou Abrão: Ó Senhor Deus, como saberei que hei de herdá-la?

9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho.

10 Ele, pois, lhe trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.

11 E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava.

12 Ora, ao pôr do sol, caiu um profundo sono sobre Abrão; e eis que lhe sobrevieram grande pavor e densas trevas.

13 Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos;

14 sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens.

15 Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado.

16 Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniqüidade dos amorreus não está ainda cheia.

17 Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre aquelas metades.

18 Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto com Abrão, dizendo: Â tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates;

19 e o queneu, o quenizeu, o cadmoneu,

20 o heteu, o perizeu, os refains,

21 o amorreu, o cananeu, o girgaseu e o jebuseu.

   

From Swedenborg's Works

 

Arcanos Celestes #1860

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1860. ‘E uma escuridão se fez’; que signifique quando o ódio tomou o lugar da caridade, vê-se pela significação de ‘escuridão’. Na Palavra, as ‘trevas’ significam os falsos, mas a ‘escuridão’ significa os males, como se vai ver. Há trevas quando o falso está no lugar do vero, e há escuridão quando o mal está no lugar do bem, ou o que é o mesmo, quando o ódio está no lugar da caridade. Quando o ódio está no lugar da caridade, a escuridão é tão grande que o homem não sabe absolutamente mais que o ódio é um mal; ele sabe ainda menos que é um mal tão grande que, na outra vida, esse mal se precipita no inferno, porque os que estão no ódio sentem nele um certo prazer como uma sorte de vital. Esse prazer mesmo e esse vital fazem com que aquele que está no ódio não saiba outra coisa senão que é um bem. Tudo que favorece a volúpia e a cobiça do homem, favorecendo o seu amor, ele o sente como um bem ao ponto mesmo que, se lhe for dito que é infernal, ele tem dificuldade de crer; crê ainda menos, se lhe for dito que tal prazer e tal vital se mudam, na outra vida, em uma infecção excrementícia e cadaverosa; crê muito menos que ele próprio se torna um diabo e uma imagem horrenda do inferno, pois o inferno só consiste em ódios e em tais formas diabólicas.

[2] Contudo, qualquer um que for dotado de alguma faculdade de cogitar pode sabê-lo; porque se ele próprio descrevesse ou representasse, ou pudesse, de algum modo, pintar o ódio, ele não o faria de outro modo senão sob formas diabólicas, tais quais se tornam depois da morte as formas dos que estão no ódio; e o que causa espanto é que, ainda assim, mais eles se atrevem a dizer que, na outra vida, eles irão para o céu; alguns somente pelo fato de dizerem que têm fé, quando, todavia, no céu não há senão formas de caridade, como as que foram vistas a partir da experiência (ver n. 553). Pensem agora, como seria possível que essas duas formas, a do ódio e a da caridade, concordassem juntamente em um mesmo lugar? Que as ‘trevas’ signifiquem o falso, e a ‘escuridão’, o mal, é o que se pode ver pelas passagens seguintes da Palavra: Em Isaías:

“Eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos” (Isaías 60:2).

Em Joel:

“Fiquem horrorizados todos os habitantes da terra, porque vêm os dias de JEHOVAH, dias de trevas e de escuridão” (Joel 2:1, 2).

Em Sofonias:

“Dia da incandescência esse dia, dia de devastação e de desolação, dia de trevas e de escuridão” (Sofonias 1:15).

Em Amós:

“E não [será] de trevas o dia de JEHOVAH, e não de luz? e de escuridão, e não de esplendor nele?” (Amós 5:20);

onde o ‘dia de JEHOVAH’ é o último tempo da igreja, do qual aqui se trata; as ‘trevas’ designam os falsos, e a ‘escuridão’, os males; por isso que essas duas expressões são empregadas ao mesmo tempo, de outro modo se tinha uma repetição da mesma coisa ou uma vã amplificação. Ora, na língua original, o vocábulo que neste versículo, exprime a escuridão, encerra um e outro, tanto o falso como o mal, ou o falso compacto de onde provém o mal, e o mal compacto de onde provém o falso .

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém